Candidatura do Bloco de Esquerda às Legislativas de 2022 pelo círculo eleitoral da Guarda alerta para que em janeiro de 2022 cessam os contratos de vários trabalhadores que compõem a Brigada de Sapadores Florestais da CIM-BSE (Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela), uma vez que atingiram as três renovações permitidas por lei no que toca a contratos a termo certo.
Em comunicado, a candidatura considera “fundamental garantir a continuidade laboral destes trabalhadores não só pela importância do seu trabalho em matéria de defesa da floresta contra incêndios mas também pela manutenção de postos de trabalho num distrito cada vez mais despovoado”.
O Bloco considera que “a precariedade laboral nos Sapadores Florestais é uma realidade assente no distrito da Guarda, seja em associações privadas ou em organismos públicos”, tendo, em julho de 2021, questionado o Governo sobre a precariedade laboral existente no setor, nomeadamente na CIM-BSE.
Dos abusos laborais na CIM-BSE constam “contratos precários a termo certo” e “a aplicação de um banco de horas ilegal que retira todos os anos por altura do verão um pagamento pelas horas de trabalho suplementar executado em ações de vigilância, primeira intervenção e de rescaldo”.
Atendendo às características da região, que inclui um Geopark da UNESCO, e ainda aos cenários climáticos que os cientistas estão a prever para o futuro, a candidatura do Bloco da Guarda considera que, além da continuidade da brigada da CIM-BSE, “se devia apostar numa segunda brigada de forma a reforçar este serviço público”.