Deveria estar concluída em 2019, mas em 2024 a Infraestruturas de Portugal (IP) continua sem datas para a modernização da linha do Douro, que se mantém como o investimento mais atrasado.
Segundo avançou o jornal Público, a IP não se compromete na eletrificação dos troços Marco-Régua e Régua-Pocinho, assim como para a reabertura do troço Pocinho- Barca d’Alva. Para ambos os projetos a IP “não vai mais além de 2027, o ano em que os estudos estarão terminados e as declarações de impacte ambiental emitidas.” O que significa que só a partir de 2028 deverão começar as obras, fazendo com que a linha do Douro seja o projeto mais atrasado do plano da Ferrovia 2020.
Isto quer dizer que os comboios movidos a diesel continuarão a circular nesta linha que tem os dois projectos orçados em 230 milhões de euros, valor muito inferior a qualquer troço da nova ligação Porto-Lisboa.
Ligação a Espanha deveria começar em Janeiro de 2023
Em outubro de 2022, em Freixo de Espada à Cinta, o então Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, acompanhado por Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, prometeu que o concurso público da reabertura da linha do Douro entre o Pocinho (Figueira de Castelo Rodrigo) e Barca D’Alva (Foz Côa) com ligação até à fronteira, iria avançar no primeiro trimestre de 2023. Nessa conferência realçaram que esta é uma promessa antiga que, com a modernização de toda a linha, beneficiaria 22 concelhos do território do norte de Portugal.
O Bloco de Esquerda não desiste da aposta na modernização ferroviária nacional, propondo no seu programa eleitoral às eleições de 10 de março a “construção de novas acessibilidades ferroviárias em vários pontos do território, suprindo ligações em falta às capitais de distrito ou nas ligações transfronteiriças, que já existiram (Linha do Douro e Cáceres) ou que devam existir (Vila Real de Santo António)”.