A reunião da CooLabora com Marisa Matias e a candidatura do Bloco de Esquerda, encabeçada por Cristina Guedes, teve como objetivo fazer um ponto de situação do trabalho desenvolvido pelo coletivo que trabalha, na região da Cova da Beira, áreas como circuitos curtos de consumo, violência doméstica e apoio a grupos desfavorecidos, entre outras.
Em declarações ao Interior do Avesso, Marisa Matias sublinha que “a promoção da igualdade, a luta contra a violência doméstica, são responsabilidade pública”, mas que “obviamente se fazem com muita gente e de muitas formas”. Nesse sentido, defende que “o papel das cooperativas e das Organizações Não Governamentais tem que ser reconhecido porque têm feito um trabalho imenso”.
O reconhecimento desse trabalho passaria por “mais apoio” e “menos burocracia”. “É preciso desburocratizar muito, porque estas associações e cooperativas têm que trabalhar num clima de confiança e de capacidade de fazer o seu trabalho sem estarem, permanentemente, a terem que prestar contas e a funcionar como se fosse num regime de suspeição”, explicou, defendendo mais autonomia e liberdade para associações como a CooLabora que são “atores essenciais” na resposta a problemas sociais.
A eurodeputada salientou ainda uma das prioridades programáticas do Bloco de Esquerda, que recentemente apresentou um Plano Nacional de Cuidados “onde cabem muitas destas organizações”. Marisa lembra que o Bloco entende os “cuidados como um bem público”, desde a infância até à velhice, passando por estruturas formais, mas também por cuidadores e cuidadoras informais e ainda por associações que dão resposta a problemas sociais.