Motoristas dos autocarros estiveram em greve pelo reconhecimento da profissão

Os trabalhadores das empresas privadas de transportes públicos de passageiros reivindicam aumentos salariais, tendo como slogan “Responsabilidade Máxima, Salário Mínimo”.
Foto por André Ribeiro | Apaixonado por Autocarros (Facebook)
Foto por André Ribeiro | Apaixonado por Autocarros (Facebook)

Os motoristas dos transportes públicos regressam à greve às 03H00 de quinta-feira, durante 24 horas, depois de três paralisações no espaço de três meses. A adesão no norte e centro variou entre os 60% e os 100%.

A paralisação englobou todos os trabalhadores das empresas privadas do setor rodoviário de passageiros associadas à Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), bem como de todas as empresas do grupo Transdev.

Na quinta-feira, fonte sindical, disse à Lusa que a greve estava a ter uma “forte adesão”, sendo de 100% em algumas empresas do centro e norte do país.

“A adesão é de facto muito elevada nas regiões do centro e norte com algumas empresas encerradas e outras apenas a cumprir serviços mínimos, como é o caso da Transdev”, disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

Cartaz da Greve de Motoristas de 2 de dezembro de 2021
Cartaz da Greve de Motoristas de 2 de dezembro de 2021 | strup.pt

Segundo o Jornal do Centro, Jorge Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Urbanos de Portugal explica o que motivou a greve: “nós queremos ser diferenciados em relação a todas as outras categorias. Temos hoje o salário mínimo, o subsídio de alimentação continua a ser muito baixo e continuamos a ter três horas de intervalo para refeições, divididos por dois períodos. Num dia normal de oito horas, o motorista tem de estar no mínimo onze ao serviço do patrão”.

“A ANTROP está com alguma dificuldade em perceber – até porque as empresas têm muitas dificuldades e falta de motoristas – que o motorista, com a responsabilidade que tem, as formações que têm de ter e como um cidadão exemplar que tem de ser com o registo criminal e o registo de infrações limpos, ainda aufere o salário mínimo. Esta não é uma profissão como qualquer uma, é uma de alta responsabilidade”, acrescentou.

Os sindicatos exigem o aumento do salário base de motorista para 750 euros, a atualização do subsídio de refeição “nos mesmos termos percentuais” do aumento do salário e a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.

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