Os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Carregal do Sal (SCMCS) têm vindo a ser alvo de uma campanha anônima com atos de vandalismo a veículos, acusações difamatórias, caluniosas e ameaças veiculadas através das redes sociais, com cartas em tom provocatório e ameaçador “de forma persistente e continuada”. A nova Direção da instituição, que tem a Helena Carvalho da Cruz como Provedora, foi eleita em Dezembro de 2019. O deputado municipal do Bloco em Carregal do Sal, Diego Garcia, já tinha sofrido dos mesmos ataques em Setembro de 2017, após denunciar algumas irregularidades do funcionamento da instituição.
Em comunicado, a Provedora refere que “este comportamento, no mínimo, altamente esquisito, visa a desestabilização dos atuais responsáveis pelo governo da Santa Casa da Misericórdia de Carregal do Sal, atingindo os seus serviços, a honra e bom nome de pessoas que querem o melhor para os utentes desta instituição. Há qualquer coisa que não bate certo neste assédio intolerável que não respeita ninguém e se esconde na cobardia do anonimato”.
A Mesa Administrativa da SCMCS tem insistido na denúncia de todas estas ações juntos das autoridades judiciais competentes. Contudo, “até ao apuramento de responsabilidades, a instituição, dirigentes e colaboradores estão permanentemente a ser molestados na sua dignidade.”
A nota termina insistindo que “não vamos desistir. O que está a acontecer é muito grave. Não se brinca, desta forma, com a dignidade das pessoas. Todos os que confiaram em nós, e fora muitos, desejam a urgente clarificação deste filme surreal. Precisamos de paz. Precisamos de respeito”.
O deputado municipal do Bloco de Esquerda, Diego Garcia, em Setembro de 2017 também foi alvo de ameaças após ter denunciado várias irregularidades naquela instituição, o que motivou também uma queixa às autoridades judiciais. Na altura, o Provedor era José Flórido que acabou por perder as eleições da SCMCS em Dezembro passado. Diego Garcia, em declarações ao Interior do Avesso, afirma que “o modus operandi é o mesmo. Perfis falsos de Facebook a difamar, ameaças anónimas, ataques pessoais e familiares. Portanto, o ataque possivelmente vem do mesmo sítio”.
As denúncias do Bloco de Esquerda, nos anos 2017 e 2018, levaram que o Governo fosse questionado por maus tratos aos utentes e várias irregularidades, como sobrelotação e a inoperabilidade de alguns equipamentos da instituição.
(Escrito por DG)