À saída da audiência do Presidente da República com o Bloco, Catarina Martins sublinhou que as atualizações anunciadas pelo governo devem avançar e que são os partidos que devem adaptar-se ao calendário eleitoral “e não o contrário”. Por Esquerda.net
Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e Mariana Mortágua participaram este sábado na audiência do Bloco de Esquerda com o Presidente da República na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022. À saída, a coordenadora bloquista reiterou a posição de que a rejeição do orçamento não implicaria eleições antecipadas. Contudo, tendo Marcelo Rebelo de Sousa decidido “legitimamente” dissolver a Assembleia da República, o Bloco considera que “as eleições devem ocorrer o mais depressa possível” e que “devem ser os partidos a adaptar os seus critérios ao calendário eleitoral e não o contrário”.
Nesta ocasião, o foco do partido foi para as questões sociais que ficam pendentes no atual cenário político. Assim, “uma vez que o governo não se demitiu e está na plenitude das suas funções as atualizações que estavam anunciadas, nomeadamente do salário mínimo nacional, bem como das pensões, de algumas prestações sociais e dos salários da Função Pública devem avançar”.
Outro argumento adiantado para que isto aconteça é que “a folga que resulta da execução do orçamento em vigor é mais do que suficiente”.
Catarina Martins considerou ainda que é preciso um processo de “definição e não de impasse” na próxima campanha eleitoral que, por isso, tem de ser “esclarecedora”. Assim, seria “impossível antes do dia 16 de janeiro” que acontecessem eleições.
Publicado por Esquerda.net a 30 de outubro de 2020