Entre julho e dezembro de 2020, houve 126 concelhos onde arrendar casa ficou mais caro. Vila Real, Guarda, Bragança e Viseu estão entre as capitais de distrito em que as rendas subiram. Macedo de Cavaleiros, Valpaços e Sátão são os concelhos com rendas mais baratas.
Os 126 concelhos onde os preços cresceram são mais do dobro dos 58 onde as rendas diminuíram, segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE), citado pelo Jornal de Notícias (JN), que comparou a variação das rendas de um total de 189 municípios, entre o primeiro e o segundo semestre de 2020.
A pandemia abrandou o ritmo de crescimento do valor das rendas em termos nacionais, mas há concelhos onde o preço por metro quadrado subiu quase 20%.
A conclusão, segundo o JN, é que Lisboa continua a ser o concelho onde o preço mediano por metro quadrado é mais caro (€11,46), mesmo tendo descido 3,9% comparativamente ao primeiro semestre de 2020. O concelho onde a renda mais aumentou foi o da Horta, nos Açores, com uma subida de praticamente 20%.
No que diz respeito às capitais de distrito, a que mais inflacionou foi Portalegre, cujo preço está 14% mais alto. Registaram-se ainda subidas em Viana do Castelo (4,2%), Setúbal (3,9%), Santarém (3%), Aveiro (2,8%), Vila Real (1,8%), Guarda (1%), Bragança (0,8%), Leiria (0,6%) e Viseu (0,5%).
Lagoa, no Algarve, foi onde a renda mais baixou (menos 14%). Entre as capitais de distrito, Évora é a que registou descida mais acentuada (-4%), seguida por Lisboa (-3.9%), Porto (-2,6%), Braga (-1,7%), Coimbra (-0,9%), Castelo Branco (-0,9%), Faro (-0,8%) e Beja (-0,5%).
No universo de 189 municípios analisados pelo INE, os que tinham a renda mais baixa a 31 de dezembro de 2020 eram Macedo de Cavaleiros (€2,16 por metro quadrado), seguido por Valpaços (€2,27) e Sátão (€2,28).
Figuram ainda na lista divulgada pelo JN com rendas mais baratas, dominada por concelhos do interior do país, Cinfães, Lamego, Calheta, Mirandela, Mortágua, Campo Maior, Carregal do Sal, Bragança, Vila Nova de Poiares, Lousada, Seia, Felgueiras, Gouveia e Marco de Canaveses.
A nível nacional, o valor mediano da renda por metro quadrado dos novos contratos de arrendamento celebrados no segundo semestre de 2020 fixou-se em €5,61, mais 2,5% do que no primeiro semestre de 2020 e mais 5,5% do que no final de 2019. Mantém-se a tendência de subida, mas o crescimento abrandou.