Cartazes e iniciativas da Câmara Municipal de Castelo Branco têm gerado polémica. Uma iniciativa, por exemplo, propõe “visitas guiadas à cidade” no dia 1 de novembro, quando não são permitidas deslocações entre concelhos. O Bloco de Esquerda acusa a autarquia de “falta de bom senso”.
A Câmara Municipal de Castelo Branco promoveu a realização de visitas guiadas à cidade no dia 1 de novembro, data em que não são permitidas deslocações entre concelhos devido à situação pandémica vivida.
Segundo comunicado do Núcleo Concelhio do Bloco de Esquerda de Castelo Branco, esta trata-se de “uma ideia completamente desajustada e fora do contexto em que vivemos”. Neste momento, a página da autarquia no Facebook já recebeu “inúmeros comentários de surpresa e lamento por esta iniciativa sem nexo e completamente contrária às orientações de prevenção nesta fase pandémica.”
Já anteriormente, a Câmara de Castelo Branco esteve por trás da distribuição e colocação de cartazes nos estabelecimentos escolares que geraram polémica. Os cartazes em questão foram considerados “ofensivos para toda a comunidade”, tendo merecido “o repúdio de muitos”, o que obrigou a que fossem retirados.
Ainda dentro do “roteiro da falta de bom senso”, o Bloco de Esquerda lembra, lançando várias perguntas, que a autarquia acaba de lançar o Plano Municipal de Educação para a Sustentabilidade Ambiental, mas sem ter adotado medidas ambientais efetivas no concelho.
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O que já foi feito para neutralizar o cheiro nauseabundo que a cidade tem registado nos últimos tempos?
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Para quando a limpeza do rio Ponsul?
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Quando deixaremos de receber o lixo de fora do concelho, para uma lixeira que foi dimensionada para 200.000 T, um período de vida útil até 2013 e já triplicou a sua capacidade, prevendo-se o seu fecho em 2025?
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Para quando a gestão equilibrada da albufeira de Stª Águeda/Marateca, preservando a qualidade da água, bloquear as ilegalidades, impedir a deposição de lixo?
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Para quando a requalificação da zona da Feiteira?
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Para quando o fim das lixeiras clandestinas na zona de C. Branco?
“Esta política esgotou-se”, considera o Bloco. “Sem planeamento, sem reflexão, assistimos a uma navegação em águas turvas, com medidas casuísticas sem qualquer nexo.” O partido considera ainda que o contexto atual exige “medidas que salvaguardem a qualidade de vida de toda a comunidade”, dando exemplos de propostas concretas de combate à perda de rendimentos.
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Aplicação da tarifa social da água de forma automática.
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Suspensão dos cortes de fornecimento de água por falta de pagamento.
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Reforço das verbas atribuídas às freguesias para a ação social que desenvolvem.
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Criação de um apoio extraordinário para o sector cultural.
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Promoção da vacinação gratuita da faixa etária superior a 65 anos, nas farmácias, evitando a sua deslocação aos Centros de Saúde.
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Aquisição e distribuição gratuita de máscaras reutilizáveis para toda a população do concelho.
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Apoio extraordinário às pequenas empresas
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Redução do tarifário dos transportes e alargamento da oferta para a comunidade concelhia.