Rui Lino, cabeça de lista do Bloco de Esquerda às legislativas pelo círculo eleitoral de Castelo Branco defende a elaboração de um Plano Especial de Emergência de Proteção Civil face a um acidente nuclear em Almaraz.
Segundo Rui Lino, atualmente é uma incógnita o que poderá acontecer em caso de acidente nuclear na central de Almaraz que conta com dois reatores nucleares em funcionamento.
Para o cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo de Castelo Branco às próximas eleições legislativas, torna-se então urgente criar um Plano Especial de Emergência, que de forma resumida pode ser descrito como um conjunto de medidas que resultam da avaliação dos riscos e das vulnerabilidades a esses mesmos riscos.
Segundo informa Rui Lino, este Plano Especial de Emergência deve simular vários graus de intensidade de um acidente que resulte na projeção de material radioativo para o exterior. A partir de cada um dos graus de intensidade poderão ser estabelecidos cenários relacionados com o transporte e deposição por via atmosférica do material radioativo emitido, bem como equacionar vários cenários de deposição e transporte na bacia hidrográfica do Tejo e dos impactos direta e indiretamente transmitidos aos ecossistemas e às atividades humanas. Este Plano Especial de Emergência deve também definir o modelo organizativo especial do sistema operacional, assim como as medidas de emergência de proteção civil e as orientações para as populações que poderão ser afetadas, com base nos vários cenários estudados.
A elaboração deste Plano assentaria em 4 pilares fundamentais:
1º- Conhecer cientificamente o que poderá acontecer em caso de acidente nuclear em Almaraz e criar cenários sobre os diferentes graus de intensidade de um acidente nuclear e a sua propagação quer à bacia hidrográfica do Tejo, quer atmosférica;
2º- Especialistas na área da saúde terão que equacionar vários cenários com base nos diferentes graus de intensidade identificados, com base nos graus de dano previstos e definir raios de ação.
3º- Devem ser definidas medidas preventivas em caso de declaração de emergência.
4º- Devem ser definidos de forma clara e inequívoca os papéis que cabem a cada uma das entidades do Sistema de Proteção Civil. É fundamental saber quem faz o quê.
(Por RL)