O EuroRap, um programa europeu de avaliação de estradas, refere que só 6% de 4880 quilómetros avaliados têm boa ou muito boa qualidade. Avaliação foi feita em 2018 às principais estradas nacionais com mais vítimas mortais.
Segundo o Jornal de Notícias, que cita um relatório europeu chamado EuroRap, mais de metade das estradas nacionais têm má ou muito má qualidade. A análise foi feita a 4880 quilómetros das principais estradas do país com mais vítimas mortais, o que corresponde a 37 vias nacionais e itinerários principais. A maioria destas estradas encontram-se no centro e sul.
Destes 4880 quilómetros avaliados, só 6%, ou seja 300 quilómetros, têm boa ou muito boa qualidade. O relatório aponta que 2052 quilómetros até são razoáveis, mas precisam de investimento e que deve ser feito com a auscultação das populações.
O relatório foi realizado no ano 2018 pelo Programa Europeu de Avaliação de Estradas (EuroRap, em inglês) e foi ontem revelado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
De acordo com o relatório, foi no norte do país que se encontram os melhores troços e também conclui que as estradas nacionais não foram feitas para as motos, já que apenas 59 quilómetros foram considerados seguros para a circulação de motociclistas. Para os ciclistas, só 97,2 quilómetros têm boa ou muito boa qualidade.
Nas 37 vias analisadas, entre 2015 e 2017, houve 141 vítimas mortais por ano em média.
O EuroRap avisa que a rede rodoviária nacional precisa de investimento e refere que “o estudo demonstrou que é importante assegurar que as comunidades locais tenham a oportunidade de contribuir para o desenho das vias”. De acordo com a organização europeia, se Portugal investir 100 milhões de euros na rede rodoviária pode reduzir 35% das mortes num ano.
Contatada pelo JN, a ANSR não quis prestar declarações sobre o relatório.