“As cartas que nunca escrevi. Os silêncios das sobreviventes da violência doméstica”, foi distinguida com o Prémio APAV para o Jornalismo 2021. O trabalho visita uma das oficinas de escrita autobiográfica que todas as semanas se realizam na Covilhã.
A reportagem, da autoria da jornalista Sara de Melo Rocha, com sonoplastia de Luís Borges, foi, segundo notícia da TSF, escolhida de forma unânime pelos membros do júri do Prémio.
As oficinas de escrita autobiográfica semanais em destaque no trabalho realizam-se no âmbito do projeto Rasgar Silêncios, da CooLabora. As oficinas exploram o “papel libertador” da escrita, ajudando a chegar às “memórias mais silenciadas” de mulheres que já foram vítimas de violência doméstica.
De acordo com a TSF, o júri destacou que o trabalho “apresenta uma estética que chega a remeter para algo quase ficcional, embora não seja, dando espaço à força da voz e da palavra das próprias intervenientes. Marca pela diferença na sua apresentação e na forma como oferece ao ouvinte uma narrativa em várias vozes. É ainda de salientar o facto de que este trabalho foi desenvolvido fora de um grande centro urbano, demonstrando a importância do jornalismo local e provando que em qualquer lugar há uma história para se contar.”
A reportagem pode ser consultada aqui: As cartas que nunca escrevi. Os silêncios das sobreviventes da violência doméstica