Santa Comba Dão Insubmissa é “uma candidatura a favor de um modelo de desenvolvimento distinto do atual conceito vigente”. Os quatro primeiros nomes são João Andrade, Ana Margarida León, Nuno Lobo e Nadine Paixão.
Em nota de imprensa, a candidatura apresenta-se como um coletivo que pretende ser uma lufada de ar fresco no atual contexto político do concelho e defender a qualidade de vida das e dos Santacombadenses.
Para as eleições de 26 de setembro, assumem o desafio de querer “alterar o atual estado das coisas, chamando a população à participação nas pequenas e grandes decisões do nosso concelho.”
“Sabemos que estás cansado de ouvir que em Santa Comba Dão não se passa nada. De certeza que estás farto de ouvir que não há emprego e que o nosso concelho serve apenas para dormitório. Estarás também cansado de ouvir as mesmas promessas de sempre, ao longo dos anos, sejam as Termas do Granjal ou o pleno funcionamento da Praia Fluvial da Senhora da Ribeira”, continuam.
Neste seguimento, assumem que não se candidatam para prometer, mas “para sermos a força de pressão para que as soluções sejam eficazes e as respostas sejam rápidas, candidatamos-nos para mostrar que existe alternativa ao diálogo monótono entre PS e PSD.”
1.º João Andrade: a política não é algo que pertença às ‘elites’
João Andrade, nasceu em Viseu a 1995, tendo crescido e estudado em Santa Comba Dão até aos dezoito anos. Devido à falta de oportunidades emigrou para a Escócia, onde residiu durante 9 meses, “até que, a paixão e as saudades do meu país me fizeram retornar.”
Ingressou no mercado de trabalho do Porto, durante mais de seis anos, desempenhando várias funções, desde funcionário de uma cadeia de fast-food até técnico de telecomunicações. É então que decide regressar a Santa Comba Dão, onde neste momento é talhante, “profissão que não “escolhi”, mas a qual comecei a amar.”
Já a entrada na política é “um mero acaso”, que surge a convite de um amigo. Assume sem filtros que “nunca quis protagonismo nem ‘tachos’, no entanto estava farto de reclamar do estado da minha terra e nada fazer por alterar essa realidade, portanto, decidi abraçar esta causa.”
Defende que “a política não é algo que pertença às ‘elites’, embora seja isso que elas nos querem transmitir. Mas acreditem, a política somos todos nós, és tu e sou eu!”
O cabeça de lista à Assembleia Municipal de Santa Comba Dão diz ser chegada a hora de acabar com o conformismo “e lutar por aquilo que acreditamos e amamos. Embarco nesta aventura, com algum receio, mas sem nenhum remorso e conto com cada um de vós para devolver a Santa Comba Dão a sua magia e dinamismo.”
“Quero mais jovens, quero mais emprego, mais justiça social, quero no fundo, tornar Santa Comba Dão um espaço de felicidade e riqueza, tanto económica como social”, são os objetivos que assume.
2.ª Ana Margarida León: humanismo, ambientalismo, bem-estar animal, integridade, justiça, verdade, igualdade, liberdade são valores fundamentais
Ana Margarida León nasceu em Lisboa, com ascendência beirã (com raízes no concelho de Santa Comba Dão), portuense e estremadurenha (da Estremadura espanhola). Durante a infância, viveu em Vila Nova de Gaia, onde realizou os estudos do Ensino Secundário, Angola, Tondela, Serra do Caramulo e Viseu.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, cidade onde também realizou o estágio de advocacia. Ingressou depois na carreira de Registos e Notariado, mediante o curso de pós-graduação em Registos e Notariado, na Faculdade de Direito da mesma Universidade, após o qual estagiou em Vila Nova de Gaia, Ovar e Sintra. Neste momento, está a realizar uma licenciatura em História, também na Universidade de Coimbra.
No âmbito profissional já desempenhou funções em Lisboa, Almodôvar, Elvas, Vila Viçosa, Nelas e Mangualde. Desde 2007 exerce funções como conservadora do registo civil de Tondela, residindo em Santa Comba Dão há mais de 23 anos.
Desde cedo, esteve ligada a associações ambientalistas e de defesa dos direitos dos animais. Melómana, estudou piano no Conservatório de Música de Coimbra e, neste momento, pertence ao Coro Magnus D’Om em Santa Comba Dão.
O prazer de escrever levou-a à publicação de uma obra de literatura infantil e participação em três antologias de contos.
A decisão de integrar a candidatura do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal, assumindo o segundo lugar, tem como fundamento a sua adesão a valores fundamentais protagonizados por este partido: humanismo, ambientalismo, bem-estar animal, integridade, justiça, verdade, igualdade, liberdade.
Consciente da ambição do projeto para Santa Comba Dão, mas pautando-se na vida por juízos de convicção, gosta de citar Sebastião da Gama “pelo sonho é que vamos!”
3.º Nuno Lobo: o propósito é criar uma mudança de paradigma da política concelhia
Nuno Lobo nasceu em Angola em 1973. É Engenheiro Técnico Florestal, com formação obtida na Escola Superior Agrária de Coimbra, e desde cedo decidiu “dedicar-me ao serviço público/causa pública ao serviço da Justiça, exercendo com orgulho a profissão de Oficial de Justiça há mais de 20 anos”.
Neste âmbito, foi eleito por várias vezes Delegado Sindical do Sindicato dos Funcionários Judiciais, e membro do Conselho Nacional do mesmo sindicato.
Também já foi membro da Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda do Distrito de Viseu. É ainda ativista dos Direitos Humanos do Núcleo da Amnistia Internacional do Núcleo de Viseu.
O propósito da candidatura no 3.º lugar da lista à Assembleia Municipal “é criar uma mudança de paradigma da política concelhia, de luta sem complexos, contra o conservadorismo e resquícios ‘bafientos’ latentes, e promover um concelho socialmente mais inclusivo e com um futuro digno.”
4.ª Nadine Paixão: candidatura é virada para as pessoas com necessidades especiais
Nadine Paixão, tem 30 anos e vive em Cagido, no concelho de Santa Comba Dão.
É cuidadora informal do filho já há 8 anos, portador de uma doença rara, que para a sua sobrevivência necessita de máquinas, “portanto mesmo que quisesse trabalhar era impossível, sendo que é uma criança que necessita de uma pessoa 24 sob 24 horas.”
Neste sentido, assume o 4.º lugar da candidatura “virada para as pessoas com necessidades especiais, que infelizmente Santa Comba Dão não tem praticamente nada adaptado para essas pessoas, estou aberta a novas ideias para conseguirmos satisfazer as necessidades de cada um.”
Como exemplos, considera imprescindível a criação de um parque infantil para as crianças com necessidades especiais, apoios para estas situações, e transportes públicos adaptados às pessoas com necessidades especiais.
“Mas também vou lutar para preservar os espaços verdes, pelos nossos animais que infelizmente estão um pouco esquecidos, pelos nossos idosos que muitas vezes são deixados sozinhos e isolados”, acrescenta.