Trabalhadoras da Dielmar, em Alcains (Castelo Branco), decidiram na quinta-feira marcar uma nova reunião, no dia 4 de novembro. Sindicato do setor diz que ainda não obteve resposta do ministério da Economia ao pedido de salvaguarda dos salários de outubro.
Segundo a Lusa, a reunião agendada para o início de novembro tem como objetivos preparar a próxima assembleia de credores e exigir o pagamento dos salários de outubro.
A decisão foi tomada durante um plenário de trabalhadores da empresa de confeções, realizado na tarde de quinta-feira (dia 28). Não estão para já estabelecidas quaisquer outras medidas de ação, segundo adiantou à Lusa a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa (STBB), Marisa Tavares.
“Estivemos a tirar dúvidas. Aquilo que definimos foi que na próxima quinta-feira, voltamos a reunir em plenário e continuar a exigir o pagamento do salário de outubro, uma vez que os trabalhadores não podem ficar com os salários em atraso. Tem que ser encontrada uma solução para o pagamento dos salários por parte do Ministério da Economia”, afirmou Marisa Tavares.
“Isto está a tornar-se numa situação demasiado desgastante e as trabalhadoras não podem estar neste impasse. Só podem, se estiverem salvaguardados os vencimentos. Os trabalhadores não podem ser penalizados por este impasse”, sustentou a sindicalista.
Adiantou ainda à Lusa que o administrador da insolvência informou a comissão de credores que “vai tentar, ainda hoje, enviar por escrito, as propostas dos dois proponentes” apresentadas na assembleia de credores de terça-feira.
Na quarta-feira passada, o STBB enviou um ofício ao Ministério da Economia, exigindo a salvaguarda do pagamento dos salários de outubro. “Ainda não obtivemos resposta ao nosso pedido, para que sejam tomadas medidas em relação ao pagamento dos salários de outubro, porque os trabalhadores não podem estar até dia 10 [novembro] sem ordenados”, sublinhou.
Destacou o Orçamento de Estado para 2022 não ter sido aprovado, “não serve de desculpa” e que o Ministério da Economia tem o dever de “dar resposta aos problemas das pessoas”.
A assembleia de credores reúne novamente no dia 10 de novembro, para que a comissão de credores discuta as duas propostas existentes, uma das quais de 10 milhões de euros.
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