Santa Comba Dão Insubmissa visita o canil da ANA-SCD e exige mais apoio da Câmara Municipal

Santa Comba Dão Insubmissa no canil ANA-SCD
Santa Comba Dão Insubmissa no canil ANA-SCD

O movimento exige mais apoio da Câmara de Santa Comba Dão a políticas de bem-estar animal, depois de constatar a lotação esgotada do canil da ANA-SCD e o desgaste das voluntárias que asseguram o seu funcionamento.

O movimento Santa Comba Dão Insubmissa deslocou-se ao canil da Associação da Natureza e dos Animais Abandonados de Santa Comba Dão, para verificar as necessidades e preocupações de quem mantém o espaço.

Segundo nota do movimento ligado ao Bloco de Esquerda, as responsáveis pela manutenção do espaço são “heroínas”, que mantêm o canil e “os animais abandonados do concelho com um mínimo de dignidade, num cuidado e carinho louvável que estas demonstram pelos animais.”

A situação do canil da ANA-SCD “é grave e altamente precária”, encontrando-se com lotação esgotada, que leva à recusa sucessiva de animais a necessitar de cuidados urgentes, devido ao canil estar sobrelotado.

A responsabilidade de cuidar diariamente de mais de 100 animais, do canil e gatil, recai apenas sobre 3 voluntárias, que se encontram “numa situação de desgaste físico, mas também emocional.”

“Exigimos mais apoio da Câmara Municipal de Santa Comba Dão no que toca a políticas de bem-estar animal, fornecendo recursos humanos com o intuito de resolver esta situação precária. Como se já não bastasse, o espaço onde está localizado o canil, não possui um dono claro. Pelo que nos foi indicado, o espaço pertence a um particular que tem permitido a presença do canil, através de um contrato de comodato, mas também existem declarações da Câmara a afirmar que o espaço pertence à autarquia. Ora esta situação leva a que exista uma incerteza sobre a continuidade deste espaço, essencial ao nosso concelho. Existe, no entanto, uma promessa de um canil novo situado na zona de Cagido, algo que ainda não foi concretizado”, frisa o Santa Comba Dão Insubmissa.

Os custos de operação ascendem a mais de mil euros por mês, valores “bem superiores ao que a Câmara Municipal disponibiliza”. Devido a este facto existem já algumas dívidas que se prendem com cuidados médicos veterinários.

A ANA, além dos animais presentes no canil, “presta ainda apoio alimentar e médico a pessoas carenciadas que não reúnem condições para tratar dos seus animais de estimação, mas que se recusam a abandoná-los.”

A situação é agravada pelo facto de os serviços veterinários terem de ser obrigatoriamente realizados pelo setor privado, “cobrando assim três vezes mais do que um veterinário municipal, algo que a Câmara  não possui e que é a nosso ver, é imperativo que se resolva, fornecendo ao veterinário municipal um local e material adequado ao bom funcionamento da sua profissão, nomeadamente com uma sala de esterilização para assim também dar cumprimento à lei 27/2016.”

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