A greve desta sexta-feira é a segunda em duas semanas. O setor privado do transporte rodoviário coletivo de passageiros reivindica o aumento de salários e a atualização do subsídio de refeição.
Depois da greve realizada no dia 20 de setembro, que abrangeu mais de 90 empresas em todo o país, o protesto de hoje teve início às 03h00. Segundo artigo da Lusa, os trabalhadores reivindicam o aumento do salário base de motorista para 750 euros e uma atualização, na mesma percentagem, para os restantes colaboradores do setor.
Outras das reivindicações, segundo uma nota da Fectrans (Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações) a que a Lusa teve acesso, são a atualização do subsídio de refeição “nos mesmos termos percentuais do aumento do salário do motorista”, bem como a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.
A greve abrange as empresas nas quais se aplicam os contratos coletivos de trabalho subscritos pela Fectrans, Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Urbanos de Portugal (STRUP), Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (Sitra) e pelo Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM).
O coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira, a 17 de setembro, adiantou à Lusa que o setor emprega mais de cinco mil trabalhadores e que a decisão de convocar a greve foi tomada depois de uma tentativa falhada de chegar a acordo com a Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop). “Estas propostas que fizemos têm por base um acordo recente na TST (Transportes Sul do Tejo), não são uma novidade”, destacou então.
A greve tem índices de adesão 80 por cento a nível nacional, mas por exemplo na Covilhã a adesão é total, segundo adianta a Rádio Cova da Beira.
Também no distrito de Viseu a adesão é bastante expressiva, com 90 por cento de paralisação, números que superaram a greve de dia 20 de setembro, garantiu Jorge Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) ao Jornal do Centro.
“Temos taxas muito acima de 90 por cento. Em Tondela uma adesão de 100 por cento, zona de Viseu superou os 90 por cento, Castro Daire 75 e Lamego uma adesão de 50 por cento”, destacou.