Na Assembleia Municipal desta terça-feira o eleito do Bloco de Esquerda reiterou que embora considere que as medidas de “isenção de rendas e do pagamento de água durante o mês de abril são melhores que nada, sendo, no entanto, escassas” principalmente no que respeita à sua dimensão temporal.
Durante o período de confinamento, o Bloco abordou algumas propostas para o Concelho como suspensão das rendas dos fogos de habitação social, a sinalização dos casos dramáticos de trabalhos sem contrato que deixaram de poder desempenhar as suas funções, nomeadamente na agricultura, e aos próprios agricultores que deixaram de ter possibilidade de escoar os seus produtos. A proposta consistia numa compra direta por parte da Câmara Municipal aos produtores, de forma a fornecer esses produtos a quem precise.
Jóni Ledo, deputado Municipal do Bloco considera que “é certo que estes produtos são apenas uma pequena parte e que existe uma parte do concelho que os cultiva, mas seria sem dúvida uma ajuda.”
Refere também que defenderam “a garantia de alojamento para os profissionais do centro de saúde, lares ou de outras instituições que precisassem de isolamento profilático. Algumas foram realizadas pelo Município, o que nos satisfaz, outras não e ainda outras que foram desenvolvidas de outra forma, como é o caso do “mercadinho”.”
No entanto, considera que “a isenção de rendas e do pagamento de água durante o mês de abril é melhor que nada mas é escassa, podendo no mínimo ter sido alargada a maio, altura em que mesmo não estando em Estado de Emergência muita gente viu reduzidos os seus salários e consequentemente os comércios, neste caso, os estabelecimentos alugados pelo município que viram também a sua faturação reduzida.”
Refere por fim que “esta situação pandémica que esperamos que tenha ultrapassado a fase mais crítica traz consequências económicas e sociais devastadoras e por isso cabe ao município e a nós próprios estarmos atentos para situações sociais dramáticas que possam vir a acontecer.”
