A “Viagem Pela Vida” das zapatistas passa por Portugal de 8 de novembro a 3 de dezembro, quando se encontrarão com coletivos e organizações que resistem “desde baixo”, para descobrir as lutas e resistências que habitam o nosso território e partilhar a sua palavra.
O movimento Zapatista é formado por pessoas camponesas e indígenas mexicanas que defendem uma gestão mais democrática do território e o respeito pelos seus hábitos e tradições. Durante os últimos 30 anos, desde 1994, desenvolveram um sistema de auto-governo em Chiapas, no Sul do México, e autonomia em que o poder reside nas comunidades.
As delegações zapatistas chegam agora a Portugal, através de dois grupos de Escuta e Palavra, “os olhos e os ouvidos das comunidades zapatistas de raiz maia”, assim como a sua voz, estando para já previstas paragens no Barroso, Porto, São Pedro do Sul, Coimbra, Lisboa, Montemor-o-Novo, Ferreira do Alentejo e São Luís.
Vêm lembrar, segundo a página Caravana Zapatista Pela Vida, que a Natureza está perto do seu fim. “Com a sua morte, morrerá tudo”, avisou a companheira Libertad na capital austríaca, frente a milhares de pessoas. Para as Zapatistas, é claro quem é que a está a matar a Natureza: “é o capitalismo. É o capitalismo que está a destruir a vida da natureza”. Apenas a construção de alternativas ao capitalismo nos poderá dar, “enquanto Humanidade, alguma possibilidade de sobrevivência”.
Estará também em Portugal uma delegação do Congresso Nacional Indígena (CNI), de 9 a 28 de Novembro, podendo realizar e participar em atos públicos, assim como realizar entrevistas com meios de comunicação social.
Já a agenda das zapatistas é composta essencialmente por encontros com coletivos e organizações, que se realizarão à porta fechada, e portanto não será divulgada. Há ainda a hipótese de coletivos e organizações que queiram reunir com as zapatistas, ou propor alguma atividade ou evento público com a participação do CNI, entrar em contacto através de e-mail.