Uma carta aberta pede que os responsáveis pelos cursos de formação do IEFP encontrem “soluções justas” para quem não pode integrar os cursos em formato online.
A única solução apresentada para a frequentar os cursos de formação do IEFP são em formato online o que motivou uma carta aberta do formando António Soares da Cunha Alves. Na carta refere que “os cursos de formação profissional proporcionaram a milhares de pessoas o acender de uma luzinha, qual lanterna na dramática escuridão das suas vidas. Para quem as frequenta (nas quais eu me incluo), foi como o renovar da esperança, no presente, num futuro mais estável”, mas “o confinamento e as suas regras, levaram o governo a modificar o modus operandi de muitas empresas e instituições, incluindo aquelas que ministram os cursos de formação. Alguns já tinham começado, continuaram, mas com o número de formandos reduzido, outras não arrancaram e no presente quem se quiser inscrever e frequentar terá que o fazer via online”.
António Soares da Cunha Alves frisa que “não me parece justo que as pessoas (e muitas delas) a quem a juventude já fugiu, mas ainda possuem a força e coragem a que a necessidade obriga para se inscrever num curso de formação. É lamentável não o poderem fazer, apenas pelo facto de não saberem lidar com o cérebro eletrónico”.
Assim apela aos responsáveis para que se “dignem num gesto de verdadeira solidariedade optar por soluções justas por quem só poderá fazê-lo presencialmente. É meu desejo que o espírito que sempre norteou a sua criação se mantenha isento. Espero que a falta de domínio das novas tecnologias por parte de muitas pessoas, não seja nunca o travão que impeça o acesso a todos aqueles que claramente necessitados assim o desejarem.”