A importância deste curso de água ficou reforçada com a recente classificação como Zona Especial de Conservação no âmbito da Rede Natura 2000, ao abrigo da Diretiva Habitats. Esta está posta em causa devido à poluição existente em várias zonas.
O Paiva é classificado como Zona Especial de Conservação (ZEC) pelo Decreto Regulamentar n.º 1/2020, de 16 de março de 2020, no âmbito da Rede Natura 2000, ao abrigo da Diretiva Habitats.
É particularmente relevante por ser o habitat de espécies piscícolas endémicas e de uma rara população de mexilhão-do-rio (Margaritifera margaritifera). De destacar ainda a presença da toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), da lontra (Lutra lutra) e do lagarto-de-água (Lacerta schreiberi).
Além do mais, as orientações de gestão desta área classificada estão também direcionadas para as populações de lobo-ibérico (Canis lupus signatus) que ocorrem a sul do Douro.
No entanto, a ZEC do rio Paiva, carece ainda do respetivo plano de gestão com as suas medidas e ações específicas. Segundo o texto do Projeto de Resolução apresentado pelo Bloco de Esquerda na Assembleia da República, o artigo 5.º, do Decreto Regulamentar n.º 1/2020, de 16 de março, o plano de gestão deve ser elaborado “em prazo não superior a dois anos após a classificação das ZEC”, o que corresponde a março de 2022.
Apesar da importância e da classificação, a poluição é recorrente, com a água a apresentar espumas, tons acastanhados e mau cheiro, afetando a qualidade de vida das populações locais, habitats e espécies de fauna e flora aquática e ribeirinha.
O Bloco de Esquerda tem denunciado os recorrentes episódios de poluição no rio Paiva, que integra a bacia hidrográfica do Douro, associando-se às populações e a associações de defesa do ambiente, como a SOS Rio Paiva.