Águas do Planalto: O magnífico trabalho do MUAP

O Movimento de Utentes das Águas do Planalto (MUAP), que surgiu em 2014, era um grupo informal e apartidário formado por cidadãos e cidadãs com a consciência de que os preços da água fornecida pela empresa Águas do Planalto aos concelhos de Tondela, Santa Comba Dão, Mortágua, Carregal do Sal e Tábua eram e são extremamente altos.
Dossier Águas do Planalto - O Maravilhoso Trabalho do MUAP
O magnífico trabalho do MUAP

O Movimento de Utentes das Águas do Planalto (MUAP), que surgiu em 2014, era um grupo informal e apartidário formado por cidadãos e cidadãs com a consciência de que os preços da água fornecida pela empresa Águas do Planalto aos concelhos de Tondela, Santa Comba Dão, Mortágua, Carregal do Sal e Tábua eram e são extremamente altos.

Uma das primeiras iniciativas do coletivo, que entretanto cessou a sua atividade no ano de 2017, foi a recolha de assinaturas de apoio à causa. Paralelamente à recolha de assinaturas, foram realizadas várias reuniões com a Águas do Planalto, com os presidentes de Câmara, com diversos partidos políticos, com a Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), com a DECO, com jornalistas, bem como algumas Assembleias Municipais. 

Um dos momentos altos da luta foi no ano de 2014, quando o MUAP solicitou vários documentos financeiros à Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB) relativos à sua atividade, mas esses documentos foram negados. Depois de apresentar uma queixa à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, a AMRPB foi obrigada a fornecer esses documentos e foram detetadas inúmeras contrariedades e irregularidades no que toca ao pagamento de senhas de presença em reuniões que nunca aconteceram. 

A partir de janeiro de 2016, o MUAP tentou obter informações adicionais junto da AMRPB sobre estes montantes e após uma investigação da Polícia Judiciária, que detetou faturas suspeitas em restaurantes, comprovou que no final de contas apareciam jantares de um administrador da AMRPB, juntamente com toda a sua família. O processo acabou por ser arquivado, mas os antigos autarcas e administradores devolveram o dinheiro que obteram de forma ilegal. 

Para além deste maravilhoso trabalho de investigação realizado pelo MUAP, foram concretizadas inúmeras sessões de esclarecimento à população enquanto o coletivo desenvolveu o seu trabalho, tal como em Tábua ou Mortágua. 

Em 2017, após as eleições autárquicas, o MUAP deixou trabalhar em prol desta causa tão justa e nobre, muito por culpa do esvaziamento reivindicativo que sofreu depois dos sucessivos anúncios de redução do preço da água por parte dos presidentes de Câmara, reduções estas que acabaram por ser invisíveis e insignificantes. 

Esta situação, em plena pré-campanha autárquica de 2017, ajudou a criar falsas expetativas na população, que acreditou que seria possível ter preços da água adequados às suas necessidades.

Alguns dos ilustres membros do MUAP eram: Luís Figueiredo, Jorge Correia, Paulo Correia e Luís Braz Marques, entre outros. Também eram membros do MUAP Jorge Sarmento e Clara Alexandre, entretanto já falecidos. 

 

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