A Associação AZU, Ambiente nas Zonas Uraníferas, a Quercus e a associação de produtores florestais Florestalnelas promovem este domingo pelas 15 horas junto à Urbanização do Cachafal um cordão humano para protestar contra o abate previsto de várias árvores, entre as quais está um sobreiro centenário, em Nelas, no âmbito da modernização da Linha da Beira Alta.
Segundo um comunicado da AZU pretende-se “reverter a situação, sensibilizando quem de direito e proteger o meio ambiente”, defendendo-se haver “outras alternativas que preservam essas árvores”.
Ao Jornal do Centro, António Minhoto, presidente da AZU, critica especialmente a proposta de destruição do sobreiro centenário: “entendemos que é um erro abater uma espécie protegida, ainda para mais nesta situação de seca e numa altura em que a qualidade do ar está a ficar cada vez pior”.
O dirigente associativo explica não ser “contra o progresso e a renovação, mas não pode valer tudo e não pode ser feito destruindo árvores como esta e contra as pessoas”. Refere-se a oposição ao traçado dos moradores da Urbanização do Cachafal que já apresentaram à Infraestruturas de Portugal uma ideia de alternativa ao projeto de modernização da Linha da Beira Alta. A população é “contrária ao alargamento para cima quando deve ser ao contrário no sentido de quem vem da Guarda à direita e não à esquerda”, esclarece Minhoto.
Publicado por Esquerda.net a 6 de fevereiro de 2022