Em causa, está a criação da nova associação que fará a gestão do Centro de Recolha Intermunicipal de Animais de Proença-a-Nova e que vai abranger 12 municípios. Bloco considera que “é necessário que cada município tenha um local de recolha e meios técnicos, que proceda à esterilização de todos os animais errantes e que pratiquem programas CED. O objetivo é terminar com a produção de animais descontrolada e o abandono. A ampliação e a rede de centros de recolha é importante, mas não resolve só por si o problema”.
A Associação de Proteção de Animais Abandonados e Errantes de Castelo Branco (APAAE) avançou com uma providência cautelar para impedir a criação da associação de municípios que será criada para gerir o Canil Intermunicipal de Proença-a-Nova e que irá abranger 12 municípios.
O canil de Proença entrou em funcionamento em 2009, tendo inicialmente os municípios de Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros, Vila Velha de Ródão e Vila de Rei através da Associação de Desenvolvimento Regional Pinhal Maior. A APAAE frisa que “quando da sua criação em 2009, as instalações já eram sofríveis relativamente às suas dimensões e equipamentos para acolher animais abandonados ou errantes de 5 concelhos, pois ainda que os mesmos tenham uma baixa densidade populacional, têm, em contraponto, uma enorme área territorial, numa zona propícia à caça”.
“Até setembro de 2018, o CRO Intermunicipal de Proença-a-Nova esteve sempre invariavelmente lotado, sendo a sobrelotação evitada com o mais que provável recurso ao abate. Com a entrada em vigor da Lei nº 27/2016, de 23 de agosto, que veio proibir o abate, a lotação deu lugar à sobrelotação, e, ainda assim, existe a forte suspeita que os abates tenham continuado.”, diz a APAAE. Neste momento, são 12 municípios que enviam animais abandonados para o canil intermunicipal e após o anúncio do presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova da criação da nova associação, a APAAE acredita que o problema de sobrelotação e condições da infraestrutura não se irá resolver.
O Bloco de Esquerda não concorda com esta organização e refere que “a nossa política sobre os canis é clara. É necessário que cada município tenha um local de recolha e meios técnicos, que proceda a esterilização de todos os animais errantes e que pratiquem programas CED. O objetivo é terminar com a produção de animais descontrolada e o abandono. A ampliação e a rede de centros de recolha é importante, mas não resolve só por si o problema”. Lembram ainda que “desde sempre que contestamos as declarações que têm vindo a ser veiculadas pelo Veterinário Municipal em causa. A estratégia que aplica é, na nossa perspetiva, ilegal e intensifica o problema dos animais errantes nos municípios que entregam a responsabilidade municipal do bem-estar animal a esta pessoa. Entendemos que não deveria ter esta responsabilidade.”