“Assembleia Municipal da Guarda é um órgão desqualificado por um Presidente parcial e absolutamente desinteressado na participação política e cívica da população da Guarda”

Atitudes recorrentes que os jovens acusam de antidemocráticas vêm a público depois de José Relva, Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, fazer declarações de “baixeza e ódio” dirigidas a Bárbara Xavier, deputada do Bloco de Esquerda, tendo este proferido “palavrões ao microfone”.
Jamais nos calarão! Guarda: BE, JS e JSD

Comunicado conjunto dos jovens da Guarda do BE, da JS e da JSD condenam aquilo que chamam de “regular condicionamento dos/as deputados/as, principalmente das mulheres e dos/as jovens. Aos/às mais jovens”, numa atitude que consideram de “superioridade” que põe em causa o “mérito ou o lugar destes/as no plenário”.

Para os jovens, a Mesa da Assembleia Municipal “tem por obrigação dignificar e pugnar pela abrangência do órgão máximo autárquico”. No entanto consideram que, “pelas jogadas que cozinha nos bastidores, com o Presidente da Câmara, percebemos que quem manda na Assembleia Municipal é Sérgio Costa. Moção a moção, proposta a proposta, tudo tentam destruir”.

Dizem ser impossível “fazer política” devido aos interesses instalados, dirigindo a maior parte das críticas para  presidente da Mesa da Assembleia Municipal, José Relva, que dizem “não domina o Regimento, não conhece na totalidade as leis que invoca, brinca com as Moções e com a vontade soberana da Assembleia, alterando-as, bem como à ordem de trabalhos”.

Acusam de visar “deputados/as individualmente – condicionando-os/as aos gritos, de dedo em riste -, e usa dois pesos e duas medidas na distribuição dos tempos e na avaliação de declarações de voto”.

“Baixeza e ódio” e “palavrões ao microfone”

A gota de água que fez transbordar o copo foi a última Assembleia Municipal, onde acusam José Relva de “atacar a deputada do Bloco de Esquerda, Bárbara Xavier, com baixeza e ódio, não percebendo, numa dessas vezes, que estava apenas em causa a discussão do não cumprimento da Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez”, rematando que estas declarações não são condizentes com as afirmações reiteradas em que o presidente da Mesa da Assembleia Municipal, “Dura Lex, Sed Lex”.

Mas este não foi o único episódio, para os jovens esta “atitude reprovável, fazendo comentários desadequados e proferindo mesmo palavrões ao microfone” manifestou-se quando a deputada do Bloco de Esquerda, Bárbara Xavier, abordou a realização de uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal para comemorar o 25 de abril, moção aprovada naquele plenário em abril de 2022. “Também aqui, o presidente da mesa da Assembleia Municipal fez tábua rasa das decisões coletivas e da independência deste órgão face ao executivo municipal”, dizem.

O comunicado fala ainda em “viés e parcialidade nas opiniões e comentários que tece, na forma agressiva e desajustada como se dirige à oposição”, em como, a Mesa da Assembleia, “tenta, por todos os meios, calar a nossa voz na Assembleia Municipal”, e afirma existe “falta de transparência” e que o presidente “mente recorrentemente à população”.

O comunicado conjunto entre os Jovens da Distrital da Guarda do Bloco de Esquerda, JS Concelhia da Guarda e JSD Concelhia da Guarda:

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