Associação Zero alerta para os enormes custos do aquecimento das casas

Aquecedor
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A associação ambiental alerta que um único aquecedor a óleo pode atingir custos superiores a oito euros por dia em eletricidade. E defende que o Governo avance com uma estratégia para a reabilitação de edifícios para combater a pobreza energética. Por Esquerda.net

No momento em que o frio aperta no país, a associação ambiental Zero alerta para os custos do aquecimento das casas e para a urgência da eficiência energética.

Segundo a Zero, “Portugal é dos países da União Europeia (UE) em que mais pessoas, quase dois milhões no total, não têm capacidade para aquecer as suas casas (18,9% da população em Portugal por comparação com uma média de 6,9% na UE-27)”.

A associação alerta que em Portugal a forma mais habitual para se aquecer a casa é o uso de aquecedores, irradiadores a óleo ou termoventiladores. Porém, este o sistema mais ineficiente, com elevado custo e “reduzido conforto térmico”. “O custo com eletricidade de um único aquecedor a óleo pode ser facilmente superior a 8 Euros por dia. O que se paga em eletricidade durante uma semana de um aquecedor a óleo ligado é superior ao seu custo”, salienta a associação, que denuncia que os irradiadores a óleo e os termoventiladores “foram vergonhosamente isentos das regras de rotulagem energética presentes no Regulamento 2015/1188 de Comissão Europeia”.

A associação apresenta propostas para o Governo e um conjunto de conselhos para os consumidores.

Estratégia para a reabilitação de edifícios públicos e privados”

A Zero aponta ao Governo que é fundamental uma estratégia para a reabilitação de edifícios públicos e privados, que considera ser “a medida verdadeiramente estruturante e de longo prazo necessária implementar e cujo avanço deve ter lugar em breve”.

“A estratégia de combate à pobreza energética é um elemento essencial para lidar com a incapacidade de muitas famílias para conseguirem garantir conforto térmico nas suas casas”, afirma a Zero, que “concorda que, em muitos casos, a comparticipação direta do Estado a 100% através de financiamento direto de obras é essencial”.

Para os consumidores no curto prazo, a Zero considera que as prioridades fundamentais devem ser a calafetagem de portas e janelas e o uso de roupa quente e confortável. A associação alerta também para um uso cuidadoso de aquecedores a óleo e termoventiladores, nomeadamente.

Para os consumidores a longo prazo, a Zero sugere, entre outras medidas, o “isolamento térmico com ecomateriais ou materiais reciclados” e “a substituição dos envidraçados, aplicando melhores janelas nas habitações”.

Publicado em Esquerda.net a 10 de janeiro de 2021

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