Bloco espera consenso no Parlamento para manter ESGIN em Idanha

Numa reunião com o Movimento pela Autonomia da ESGIN, Luís Monteiro, deputado do Bloco, referiu que existe pouca vontade do governo em manter a escola em Idanha-a-Nova. Uma escola superior que “para além de ter um papel fundamental na vertente académica, também o tem na vertente social e económica da região e do concelho”.

No passado dia 6 de outubro, o Bloco de Esquerda reuniu com o Movimento Pela Autonomia da Escola Superior de Gestão de Idanha-à-Nova, contando com a presença do deputado do Bloco na Assembleia da República, Luís Monteiro, e membros da Comissão Coordenadora Distrital, através de videoconferência. 

O Movimento felicitou o Bloco por “ser o primeiro partido a questionar o governo, em novembro de 2019, e a apresentar um Projeto de Resolução pela autonomia da ESGIN, no fim do passado mês de setembro”, segundo comunicado a que o Interior do Avesso teve acesso.

Lembraram ainda que Luís Monteiro já visitou a ESGIN, no concelho de Idanha em fevereiro de 2020, reunindo com a Associação de Estudantes e com a Direção da Escola. 

Segundo o comunicado do partido, na mais recente reunião, o “Bloco deixou claro que espera encontrar um consenso entre os partidos com assento parlamentar para a aprovação do projeto de resolução, apesar de entender que da parte do Partido do Governo (PS), será difícil contar com esse apoio.”

O Bloco recorda a aposta que o Partido Socialista tem feita na descentralização de serviços e competências, “mesmo que estejam a ser feitos de forma encapotada, sem um verdadeiro debate e envelope financeiro para autarquias”, estranhando o “silêncio e falta de ação num caso como este, em que está em causa a vitalidade de um território já tão afetado pelo despovoamento.”

Afirmam ainda que “para além de ter um papel fundamental na vertente académica, também o tem na vertente social e económica da região e do concelho de Idanha, já que a região é um território de baixa densidade populacional e é afetada por um contínuo despovoamento.” 

Consideram ainda que o impacto que tem um encerramento no Porto ou Lisboa de um estabelecimento de ensino superior “não tem o mesmo impacto como em Idanha ou noutro território qualquer de baixa densidade populacional, já que estas unidades estabelecem-se como verdadeiros pólos de desenvolvimento social, económico e académico.”

Por fim, Luís Monteiro disponibilizou-se para voltar à ESGIN, mas considera que os esforços neste momento se deverão concentrar “no combate parlamentar e na aprovação do Projeto de Resolução apresentado pelo Bloco.”

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