Uma delegação da distrital do Bloco de Esquerda de Vila Real reuniu com o comando distrital da Associação Nacional de Emergência e Proteção Civil para fazer um balanço sobre o combate a incêndios no distrito de Vila Real.
O distrito de Vila Real foi o segundo distrito do país com maior área ardida 24105 hectares (23% da área ardida total nacional), logo a seguir ao distrito da Guarda com 24773 hectares. Outros dados sobre o distrito de Vila Real foram registados 1246 incêndios e 8 deles ultrapassaram os 500 hectares de área ardida.
Segundo a delegação do Bloco de Esquerda, o comando distrital da ANPC sublinhou haver melhor compreensão e comportamentos mais louváveis das populações no cumprimento das regras, acrescentando ainda, que os programas aldeias seguras, pessoas seguras têm sido uma mais valia e que os meios de combate são suficientes e que o nível de formação dos bombeiros e restantes agentes florestais é o adequado, apesar da falta de recrutamento de novos bombeiros nas cooperações do distrito.
Para o Bloco de Esquerda, o despovoamento e o abandono do território são alguns fatores para o grande número de fogos florestais ocorridos no distrito e espera pelo balanço da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
Rui Cortes e Carlos Gomes dirigentes do Bloco de Esquerda sublinharam que as autarquias têm um papel fundamental na prevenção dos incêndios e é de lamentar, como foi noticiado recentemente, Vila Real é o distrito com mais concelhos onde os Planos de Defesa da Floresta contra Incêndios (PDFCI) estão desatualizados. Os municípios do distrito de Vila Real com os PDFCI desatualizados são Vila Real, Peso da Régua, Mesão Frio, Chaves, Montalegre, Boticas, Valpaços e Ribeira de Pena. O PDFCI de Sabrosa caduca no final de 2022.