No final do mês de fevereiro 66,2% de Portugal continental estava em seca extrema, 29,3% em seca severa e 4,5% em seca moderada. Verificou-se um agravamento da situação de seca meteorológica em todo o território, com um aumento da área nas classes de seca mais graves.
De acordo com o relatório mensal do Instituto português do Mar e da Atmosfera (IPMA), “o mês de fevereiro de 2022, em Portugal continental, classificou-se como muito quente e extremamente seco”. Foi o 3.º fevereiro mais seco desde 1931, o 10.º mais quente desde 1931 e o 5.º desde 2000.
Os distritos de Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Évora, Beja e Faro, segundo o índice meteorológico de seca (PDSI), estavam em situação de seca extrema, a classe mais grave de nove que variam entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
Relativamente aos valores de percentagem de água no solo, o IPMA revela que, no final do segundo mês do ano, se registou a diminuição dos valores na região Norte e Centro, em particular nos distritos de Bragança e Guarda.
Nos distritos de Bragança e Guarda, e ainda nas regiões do Alentejo e Algarve, verificaram-se valores de percentagem de água no solo inferiores a 20%.