A Casa do Douro, sua atuação e papel regulador tem vindo a ser alvo de críticas por parte de muitos vitivinicultores do Douro que não se revêem nesta instituição tal como ela é na atualidade. Fundada em 1932, chega a atingir o estatuto da mais poderosa organização de agricultores do país. Apesar do seu papel fulcral na região, debate-se com problemas financeiros que determinam a sua extinção como entidade pública, em 2014 durante o Governo PSD/CDS-PP, sendo gerida posteriormente pela Federação Renovação do Douro, já com o estatuto de entidade privada.
Em dezembro de 2017, o Bloco de Esquerda apresentou um Projeto de Lei, visando a restauração da Casa do Douro como associação pública sedeada no seu histórico edifício, no Peso da Régua. Posteriormente, PS e PCP apresentaram iniciativas com idêntico propósito e desde essa data tem vindo a decorrer um intenso debate na Assembleia da República e fora dela, com ampla audição dos mais variados setores ligados ao Douro e à sua vitivinicultura.
Refundar a Casa do Douro de natureza pública, inscrição obrigatória e eleição da Direcção pelos viticultores são alguns dos pontos em comum dos três projetos de lei apresentados pelo BE, PCP e PS que baixaram à Comissão de Agricultura e Mar.
No passado dia 20 de Março o texto conjunto seria votado na especialidade em sede de Comissão da Agricultura, o que não foi possível pelo PSD ter requerido o adiamento da votação. Ficou assim adiada mais uma vez um assunto fulcral para a Vitivinicultura do Douro.
(Escrito por MFS)