O contributo do pastoreio dos cavalos de raça garrana na prevenção de incêndios florestais, mas também como aposta turística, está a ser investigada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douto (UTAD).
Segundo declarações de Filipa Torres-Manso, responsável do projeto, no Diário do Minho “Trata-se de um projeto inovador que utiliza garranos na gestão do espaço florestal e, consequentemente na prevenção de incêndios, visando igualmente implementar uma estratégia sustentável do ponto de vista socioeconómico”.
A investigadora acrescenta ainda, segundo o citado diário, que pretendem “desenvolver a valorização da raça garrana através de estratégias que passam pela implementação de produtos turísticos que consistem na observação de cavalos em estado semisselvagem”.
Acrescentou ainda que, “Para valorizar os garranos para além do serviço de ecossistema que eles estão a fazer, no sentido de prevenção de incêndio, temos também uma estratégia de valorização dos garranos que passa pela observação de cavalos, o ‘horsewatching’ à semelhança do que acontece com o ‘birdwatching’.
Esta é uma raça autócne de equídeos portugueses, característicos do Minho e imagem de marca do Gerês, que estão agora no sopé do Marão para este estudo no âmbito do projeto europeu “Open2preserve”, que concilia utilização do fogo controlado com o pastoreio de cavalos garranos, respetivamente na limpeza e manutenção das áreas de matos.
O ensaio está a decorrer numa área de baldio no vale da Campeã, no concelho de Vila Real, com o envolvimento dos investigadores Filipa Torres-Manso, Luis Ferreira, Ana Marta-Costa, Paulo Fernandes e Rui Pinto do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD) e do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB).
Parceiros deste projeto são o Instituto Politécnico de Bragança, Universidade de Santiago de Compostela, a Universitat Autònoma de Barcelona, a Fundació d’Ecologia del Foc i Gestió d’Incendis Pau Costa Alcubierre, a Agencia Estatal Consejo Superior de Investigaciones Cientifica, o Instituto Navarro de Tecnologías e Infraestructuras Agroalimentarias, a Chambre d’agriculture des Pyrénées Atlantiques, a Société d’élevage des Pyrénées Orientales, o Centre National de la Recherche Scientifique, a Junta de Andalucía e a Fundación Centro Tecnolóxico da Carne.