Foi publicada esta sexta-feira (24 de julho), em Diário da República (DR), a Resolução da Assembleia da República n.º 47/2020, que visa a concessão de honras de Panteão Nacional a Aristides de Sousa Mendes.
A resolução pretende “homenagear e perpetuar a memória de Aristides de Sousa Mendes, enquanto homem que desafiou a ideologia fascista, evocando o seu exemplo na defesa dos valores da liberdade e dignidade da pessoa humana e concedendo-lhe Honras de Panteão.”
No documento pode ler-se ainda a intenção de constituir um grupo de trabalho, formado por um representante de cada grupo parlamentar, pelos deputados únicos representantes de um partido e pelas deputadas não inscritas (Ninsc), bem como por dois elementos da família de Aristides de Sousa Mendes e demais entidades públicas envolvidas.
A este grupo de trabalho caberá a responsabilidade de “escolher a data, definir e executar o programa de panteonização de Aristides de Sousa Mendes.”
Aristides de Sousa Mendes desempenhava funções de cônsul em Bordéus quando se iniciou a Segunda Guerra Mundial. Salazar ordenou aos cônsules portugueses que recusassem a emissão de vistos a estrangeiros com nacionalidade indefinida, apátridas e judeus. Aristides não cumpriu a ordem, concedendo vistos de entrada em Portugal a milhares de refugiados em fuga ao avanço nazi.
Nascido a 19 de julho de 1885 na Casa do Passal em Cabanas de Viriato (concelho de Carregal do Sal), acabaria por morrer na miséria a 3 de abril de 1954, em Lisboa.
Ver também:
Notícias do Interior do Avesso sobre Aristides de Sousa Mendes
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