Covid-19: Rede de cerca de 30 pessoas produz viseiras com impressoras 3D em Viseu

Neste momento já se juntaram ao grupo solidário CovidViseu cerca de 30 pessoas com impressoras 3D, bem como algumas empresas. Este é um processo lento, cada unidade demora em média 1H30 a ser concluída, mas este grupo já consegue produzir cerca de 100 viseiras por dia, recorrendo a um modelo de suporte disponível na web e gratuito para uso não comercial. Em Viseu “os pedidos são imensos” e já foram doadas em locais como lares, centros de saúde, GNR e bombeiros.

Tudo começou com um desafio no facebook a alunos e ex-alunos de eletrotecnia do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), após “um apelo de um médico do hospital que precisava de viseiras e não tinham”, diz-nos Paulo Figueiredo, Engenheiro Eletrotécnico no IPV.

Verificada a escassez de viseiras em stock no sistema nacional de saúde, verificou-se uma grande mobilização da comunidade de impressão 3D portuguesa. Neste momento, as viseiras resultantes deste movimento já se encontram a ser distribuídas em variado pontos do território nacional.

Conforme nos informou Ana Luísa Madureira, do Movimento Maker nacional, entretanto foi possível constatar que a quantidade a ser produzida por métodos de impressão 3D não seria suficiente para responder a todos os pedidos feitos um pouco por todo o país. Assim, estão neste momento a ser feitos esforços no sentido de tornar possível o fabrico das viseiras de proteção pessoal também através de processos industriais, o que implica uma capacidade produtiva significativamente maior, na ordem dos milhares por dia.

Nestes dias em que muitas pessoas têm ficado por casa, este é mais um exemplo de como as redes continuam a funcionar e a ser criadas e de como uma rede social permitiu dar início a uma rede de solidariedade. Neste momento continuam a ser feitos apelos para que mais pessoas se juntem ao movimento CovidViseu, que ainda é pequeno face às necessidades.

Por CG

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