Em nota tornada pública nas redes sociais, com origem nos contratados pela ManpowerGroup Solutions para o Centro de Contacto da EDP no concelho de Seia, distrito da Guarda, estes reivindicam que esta empresa crie um plano de contingência que realmente evite a propagação do Covid-19 e que sejam encontradas soluções de trabalho a partir de casa.
Estes trabalhadores estão subcontratados para este centro de contactos para representar a EDP. São “quase 500 trabalhadores” e estão divididos entre um “pavilhão principal“ sem todas as condições para o trabalho diário e outros “dois com menos condições”.
Trabalhadores desesperam por medidas de contenção para lidar com o Covid-19
Nesta nota aberta publicada por Margarete Amaral, representante dos Trabalhadores na Segurança e Saúde no Trabalho, é reclamado que a MapowerGroup Solutions “aplique um Plano de Contingência eficaz” no local de trabalho. Segundo estes trabalhadores “não há desinfetantes, não há máscaras de proteção, não há zona de isolamento identificada nos pavilhões mais pequenos…Não há respostas às nossas preocupações”.
O facto de serem subcontratados vem para cima da mesa porque, mais uma vez, para estes trabalhadores a EDP está longe apesar de a representarem, visto que se lê “nas redes sociais que 3000 trabalhadores da EDP estão a trabalhar em teletrabalho” e questionam “e ‘nós’?”, deixando a realidade da proximidade potenciadora da transmissão do vírus, pois estão “destinados a estar a trabalhar confinados a um espaço de trabalho minúsculo, com ‘carpetes’ e corredores em que mal há espaço para transitar”.
Afirmam ainda que os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho fizeram chegar à coordenação do Centro de Contacto da EDP de Seia “várias comunicações” e “não obtiveram respostas”.
Na última comunicação pediram “pela Saúde de todos os trabalhadores”, que fosse autorizada “a suspensão do trabalho no Centro de Contacto da EDP em Seia, sem prejuízo dos direitos dos trabalhadores, e ative os serviços mínimos em teletrabalho para os trabalhadores que mostraram disponibilidade e condições para prestarem esse mesmo trabalho em suas casas”.
Os apelos foram ainda para a Delegada de Saúde de Seia, com um pedido de intervenção.
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