Investigadores da Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro estão a terminar o desenvolvimento de um biossensor que vai permitir fazer a deteção da covid-19 em perto de 20 minutos. O produto será “fácil de utilizar e barato”, refere a investigadora Paula Martins.
Em comunicado enviado à Lusa, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), anunciou que está a terminar de desenvolver um biossensor, um dispositivo portátil, para a deteção da covid-19 em perto de 20 minutos. A investigadora Paula Martins, afirma que o produto fará “um rastreio quase de imediato” e será “fácil de utilizar e barato”.
Este biossensor representa um avanço, já que até agora era necessário quatro ou cinco horas para obter uma resposta. O novo sistema, de acordo com o comunicado, será mais rápido do que a tecnologia atualmente disponível para a deteção de SARS-CoV 2, ou seja, serão necessários aproximadamente 20 minutos desde a recolha da amostra à deteção, será mais barato que os testes PCR (Polymerase Chain Reaction).
O novo biossensor está baseado numa patente internacional do grupo da UTAD, recentemente aprovada, e que corresponde a um método utilizado para a deteção de variedades de castas que estão dentro de vinhos.
Paula Martins refere que “estamos a desenvolver há muitos anos este trabalho de autenticidade dos vinhos e, com base no conhecimento que fomos adquirindo, conseguimos transpor para esta situação que é emergente”.
Para a conclusão do novo dispositivo, a UTAD ainda está à espera de alguns componentes, nomeadamente dos Estados Unidos. O projeto foi selecionado para o prémio Manuel António da Mota.
A equipa de investigação é composta pela UTAD, com alguns elementos do seu centro de testagem covid-19, a REQUIMTE – Rede de Química e Tecnologia, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes Alto Douro e o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira.