Diques em risco na Barragem da Aguieira

Foto por Interior do Avesso
O Bloco de Esquerda questionou o Ministério do Ambiente e Alterações Climáticas relativamente aos problemas associados à albufeira da Aguieira, nomeadamente a impossibilidade de armazenamento de água, mesmo após as tempestades que se abateram sobre a região.

Localizada no rio Mondego, 2 quilómetros a jusante da foz do rio Dão, a Barragem da Aguieira, também conhecida por Barragem da Foz do Dão de 2 quilómetros a jusante da foz do rio Dão, situa-se nos limites dos municípios de Penacova, distrito de Coimbra e de Mortágua, distrito de Viseu, nas freguesias de Travanca do Mondego e Almaça respetivamente.

O fornecimento de água a vários municípios e à própria cidade de Coimbra são assegurados por esta barragem, que tem sido assunto recorrente, inicialmente pelos problemas associados à tempestade Elsa e Fabien e mais recentemente pelo não armazenamento de água após estas tempestades.

A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Viseu também já reagiu, considerando que as falhas de segurança abordadas na pergunta entregue ao governo encontram-se no Baixo Mondego, no Sistema Hidráulico do Baixo Mondego, e nos diques afetados pelas cheias, portanto podemos concluir, que reduziram o volume das barragens no rio Mondego (Aguieira e Fronhas) para prevenir eventuais novas cheias e para terem mais capacidade em caso de chuva intensa. A CAP também já criticou esta situação, alertando para a falta de água para a agricultura.

Diego Garcia, da distrital de Viseu do Bloco de Esquerda alerta ainda que “também temos que ter em conta que as celuloses usam por ano mais de 38 mil milhões de litros de água do rio Mondego (empresas localizadas no Município da Figueira da Foz), segundo dados do Ministério do Ambiente e da Ação Climática”.

Considera ainda que esta atitude é inconsequente porque se não houver bastante precipitação encontraremos um problema sério de falta de água para o abastecimento público. “Para além de alertar que a movimentação de caudal (devido ao esvaziamento abrupto da barragem) não deve ser benéfico para o ecossistema ribeirinho, fauna, flora e para as atividades piscatórias e turísticas.”

Escrito por JL

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