Apesar de terem reduzido os ataques de lobos a rebanhos nos últimos anos, os pastores consideram que as indemnizações pagas pelas situações ocorridas são insuficientes e que os processos e a investigação levada a cabo pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) é muito demorada.
Segundo o JN, foram calculados prejuízos através do ICNF num valor superior a 1,7 milhões de euros relativamente a ataques de lobos, tendo sido pagos 634366 euros em 2015, 575546 euros em 2016 e 332387 euros em 2017. Já no ano de 2018 foram pagos 130291 e 71827 em 2019.
No entanto, 990 casos de 2018 e 2019 ainda continuam em avaliação, não tendo ainda conclusão à vista.
Em entrevista ao JN, a proprietária de um rebanho, Isaura Rodrigues, refere que o seu rebanho já sofreu dois ataques, sendo que “tudo somado vai para uns 4000 euros de prejuízo ou mais. Não sei quando receberei algum dinheiro”.
Tendo por base a análise de especialistas, o JN conclui que é possível que o número de ataques tenha baixado nos últimos anos devido à proteção aos rebanhos por parte do cão de gado transmontano. Um programa apoiado pelo ICNF já fez com que fossem distribuídos cerca de 800 cães pelos pastores.