Associação criada para o estudo e preservação do Vale da Massana, a poucos quilómetros de Castelo Branco, contesta a instalação de uma linha de muito alta tensão no local, onde foram encontrados quatro machados, que podem ser do paleolítico.
Segundo notícia da Rádio Cova da Beira (RCB), A associação foi criada por um grupo de proprietários. O Vale da Massana é uma zona rural com mais de 140 hectares, vivem nele, permanentemente, cerca de 10 famílias.
A Associação para os Estudos e Preservação do Monte da Massana contesta a instalação de uma linha de muito alta tensão, pedindo que se proceda à avaliação arqueológica do achado. O dirigente José Nunes Lopes, diz em declarações à RCB, que só tiveram conhecimento das obras da REN – Rede Elétrica Nacional quando já eram um facto consumado.
“Todas as entidades, infelizmente, se agarram a argumentos formais, nunca vieram ao local, pedimos várias vistorias, várias inspeções, dizem que reclamámos fora do prazo da consulta pública, melhor, da suposta consulta pública. O sistema tem que ser mudado, está anquilosado, e não é possível permitir que uma empresa passe linhas de alta tensão e muita alta tensão por todos os pontos deste país, alguns com interesse histórico, como é o nosso vale. Qualquer um que faça uma obra em casa tem que por um cartaz com o número do processo, do arquiteto, e isto é uma coisa que afeta o ordenamento do território.”
José Nunes Lopes sublinha ainda que o Vale da Massana “é um vale histórico porque, apenas num dos apoios que agora abriram, encontraram quatro machados de pedra que, ainda não é um polimento muito perfeito, o que significa que podem ser do paleolítico e não do neolítico, pode significar que os quatro, num só apoio, encontrados pela equipa contratada por arqueólogos da REN podem ser de uma época muito mais remota, mais antiga.”