Escola de Cães Guia de Mortágua entra na campanha eleitoral

Os cabeças de lista do Bloco Miguel Cardina (por Coimbra) e José Miguel Lopes (Viseu) visitaram as instalações da Escola de Cães Guia para Cegos, para ouvir e conhecer o trabalho importante que esta instituição desenvolve.
Escola de Cães-guia em Mortágua
Escola de Cães-guia em Mortágua

Em Mortágua, as candidaturas do Bloco de Esquerda de Coimbra e de Viseu, ouviram os profissionais da Escola de Cães Guia para Cegos sobre o trabalho que desenvolvem com os cães-guia e com as pessoas cegas.

“Um trabalho que é também uma garantia das acessibilidades para pessoas com deficiência e que é um trabalho social meritório que cumpre também apoiar”, afirma Miguel Cardina.

O Bloco, que tem vindo a acompanhar este trabalho desde 2021, compromete-se em enviar ao próximo Governo uma recomendação que equipare a formação profissional dos estágios de pessoas cegas para atribuição de cães-guia.

“Que sejam equiparados a  formação profissional, no âmbito da alínea e) do Artigo 130º e do Artigo 132º do Código do Trabalho, os estágios de formação de pessoas cegas para atribuição de cães-guias evitando assim perdas de salário ou dos períodos de férias”, lê-se no documento entregue esta terça-feira na Escola.

“A formação de um cão-guia e a sua atribuição a uma pessoa cega tem como objetivos apoiar a integração social, cultural e profissional do/a beneficiário/a, procurando aumentar a autonomia e segurança nas suas deslocações e na vivência diária, além de desempenhar um importante papel como vetor de comunicação”.

“Neste momento, os cães-guia para pessoas cegas treinados em território nacional são educados pela Associação Beira-Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual – Escola de Cães Guia para Cegos (ABAADV), situada no município de Mortágua e credenciada pela International Guide Dog Federation (IGDF)”.

“Segundo dados de um estudo da ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, de 2012, as pessoas cegas apresentam taxas de desemprego duas vezes superiores ao todo da população em idade ativa e uma elevada dependência de prestações sociais. À falta de dados mais atualizados, pode supor-se, ainda, que as pessoas cegas ocupem posições de maior dificuldade no acesso a um emprego, de maior precariedade e salários mais baixos, e maior fragilidade social”.

Será recomendado também ao Governo “que subsidie rações de qualidade e tratamentos veterinários, pelos elevados valores que estes comportam”, segundo informou José Miguel Lopes.

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