O pagamento dos impostos relativos à venda de seis barragens transmontanas pela EDP ao consórcio francês liderado pela Engie foi ontem, dia 8, mais uma vez levado à Assembleia da República. Ainda não é conhecido o resultado da inspeção da AT ao negócio das barragens.
No debate parlamentar de ontem, Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, anunciou que vai chamar a Diretora Geral da Autoridade Tributária à Assembleia da República, uma vez que ainda não se conhece o resultado da inspeção realizada pela Autoridade Tributária à venda.
“Acho estranho que não saiba nada sobre aqueles 110 milhões que a EDP já devia ter pago em Janeiro de Imposto de Selo. O Bloco de Esquerda vai chamar a Diretora-Geral da Autoridade Tributária e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais aqui ao parlamento, porque não é normal que meses depois não haja nenhuma decisão sobre esta matéria, quando é óbvio que, se toda a gente paga os seus impostos a EDP tem de os pagar”, defendeu.
O negócio das barragens, entre a EDP e o consórcio da Engie, por 2,2 mil milhões de euros, aconteceu já há 10 meses, no final de Dezembro de 2020. O pagamento de impostos, nomeadamente o de selo, tem sido reclamado pelo Movimento Cultural da Terra de Miranda.
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