Em conferência de imprensa esta quarta feira, a Catarse/Movimento Social anunciou que a 4°Marcha pelos direitos LGBT na cidade de Vila Real será no dia 23 de maio. Anunciaram ainda que decorrerá até ao próximo dia 20 de março um concurso para o melhor cartaz, que será distinguido em reunião aberta do Movimento no dia 24 de março e que servirá para divulgação do evento.
A luta em Portugal pelo ativismo LGBT remonta a 1980 quando se dá a primeira tentativa visível de ativismo homossexual com o nascimento do Coletivo de Homossexuais Revolucionários. Só quase 10 anos após o 25 de Abril (em 1982) foi feita uma revisão do Código Penal e foi retirada a homossexualidade dos atos puníveis.
Catarina Peniche da Catarse/Movimento Social indica que em 2017, Vila Real e a Catarse/Movimento Social fizeram história ao realizar a primeira marcha pelos direitos LGBT no interior do país. Essa marcha foi fundamental para “quebrar barreiras e abrir mentalidades e é por isso que nos debatemos todos os dias.” Apelou ainda à participação na Marcha e no concurso para o cartaz de divulgação do evento indicando que todos e todas poderão enviar as suas propostas até ao dia 20 de março para o email da catarse (catarse.vreal@gmail.com)
João Duarte considerou que “quando se fala de direitos LGBT está a falar-se de direitos humanos, e por isso, não devia sequer existir um único deputado na Assembleia da República a manifestar-se contra os mesmos” citando o programa do CHEGA! em que referem que “O fim da promoção, pelo Estado, de incentivos e medidas que institucionalizem os casamentos entre homossexuais e a adoção de crianças por “casais” homossexuais” . Chama à atenção das aspas utilizadas nas palavras casais homossexuais e sublinha que todo o programa deste partido é um atraso civilizacional.
Para Jóni Ledo esta marcha e estas manifestações públicas devem servir também para demonstrar que a maioria dos portugueses e portuguesas estão contra o discurso de ódio da extrema direita. Refere que “nas últimas marchas alertávamos para o perigo da extrema direita na Europa, infelizmente, desta vez, já está presente no nosso Parlamento, mas ainda estamos a tempo de evitar esta presença nas nossas vidas”.
Escrito por JL