A União de Sindicatos da Guarda (USG) anunciou que mais de mil empresas do distrito aderiram ao layoff simplificado e que o desemprego na região poderá duplicar.
Segundo a USG, das mais de mil empresas que aderiram à medida, uma das que o Governo adotou para conter os efeitos da covid-19 nas empresas, 95% são micro, pequenas ou médias empresas. Estes dados equivalem, embora ainda não em definitivo, a cerca de 4.000 a 6.000 trabalhadores em situação de perda de salário. Perante esta situação no distrito da Guarda, a USG calcula que a taxa de desemprego aumente de 6% para 12% ou 13%.
O dirigente sindical Pedro Branquinho disse à agência Lusa que existem “grandes preocupações” com o futuro de muitos trabalhadores do distrito da Guarda, uma vez que “as medidas de estímulo económico chegam a conta-gotas e não abrangem muitas das micro, pequenas e médias empresas”. Só ao nível do setor terciário, que inclui o comércio e a prestação de serviços, o sindicalista estima que “20 a 30%” dos estabelecimentos “poderão não abrir ou falir até ao final do ano”.
No comunicado, considerando que as medidas existentes são insuficientes para as micro, pequenas e médias empresas, a USG reafirma “a necessidade de defender todos os empregos e as remunerações dos trabalhadores para evitar que estes continuem a empobrecer face à crise económica causada pela pandemia”.