Estudo revela que fumo dos incêndios deixa pulmões vulneráveis

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Estudo revela que a inalação de partículas do fumo dos incêndios está relacionado, a longo prazo, com o aumento do risco de sofrer um ataque cardíaco, apoplexia ou morte prematura. A curto prazo provoca irritação ocular e pulmonar e episódios de asma. 

De acordo com o jornal galego Nós Diário, com base num estudo estadunidense, a inalação de pequenas partículas do fumo altera o sistema imunológico e faz com que as pessoas sejam mais propensas a serem contagiadas com o coronavírus ou a gripe. O estudo foi feito devido aos grandes incêndios que afetam a costa oeste dos Estados Unidos. 

Perry Hystad, epidemiologista ambiental e professor na Universidade Estatal de Oregon, refere que “é algo que temos que observar com cuidado, porque existem evidências de que a contaminação do ar afeta o sistema imunológico e provoca que as pessoas sejam mais propensas a apanhar a gripe e, claro, potencialmente o coronavírus”. 

A Bussines Insider analisou as consequências nefastas que estão a ter os grandes incêndios nos três Estados da costa oeste estadunidense: Washington, Oregon e Califórnia. A população desta região, mesmo não tendo os incêndios perto, é claramente afetada pela contaminação do ar. 

Segundo dados oficiais estadunidenses, os níveis de contaminação chegaram a níveis muito altos nos três Estados durante a semana passada e a previsão é que vai demorar a atingir os níveis normais.

É conhecido que as partículas que contém o fumo de um incêndio estão relacionadas, a longo prazo, com o aumento do risco de sofrer um ataque cardíaco e apoplexia pulmonar ou morte prematura. A curto prazo, em pessoas sem doenças prévias, provoca uma forte irritação pulmonar e ocular, episódios de asma e dificuldade em respirar. 

Stephanie Christenson, especialista pulmonar e de cuidados intensivos da Universidade de Califórnia, afirma que “no período em que se produzem os incêndios, registámos mais entradas hospitalares com problemas respiratórios como pneumonias” e acrescenta que “realmente existe uma maior mortalidade depois dos incêndios, que acreditamos que se deve a problemas de saúde, não só por causa direta do incêndio”. 

A base de dados nacional de incêndios rurais do ICNF registou em Portugal, no período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de agosto de 2020, um total de 7207 incêndios rurais que resultaram em 38650 hectares de área ardida, entre povoamentos (17176 ha), matos (15974 ha) e agricultura (5500 ha).

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