O Grupo Pela Preservação da Serra da Argemela (GPSA) posiciona-se contra a exploração de lítio, por “afetar a saúde e bem-estar das populações, criar uma brutal desvalorização do património rústico e urbano e uma degradação do ambiente e da economia da região”.
Relativamente à Serra da Argemela, o GPSA destaca que uma exploração mineira no local “seria uma mutilação no património identitário, seria retirar aos concelhos da Covilhã e do Fundão coesão territorial, seria determinar que estes dois concelhos não fossem mais territórios de destino de turismo sustentável, territórios agregadores de elementos patrimoniais naturais e culturais ímpares e harmoniosos”, segundo a nota de imprensa, citada em notícia da Rádio Covilhã (RC).
O Grupo defende que a “instalação de uma exploração mineira é especialmente incompatível com os maiores desígnios locais, regionais e até nacionais, olhando para a proximidade da exploração com o Rio Zêzere”.
Sustentando que já foram investidas consideráveis verbas para a recuperação e valorização do rio, dando como exemplo o projeto, aprovado recentemente, “Este Zêzere que nos une”, no valor de aproximadamente 300 mil euros.
Nesse sentido, a instalação de uma exploração mineira na margem do Zêzere constituiria uma “valente machadada em todos os projetos de valorização, de promoção turística e cultural desenvolvidos e em desenvolvimento, quer pelas autarquias locais quer pela comunidade local”, lê-se na nota citada pela RC.
O GPSA informa ainda no documento que “requereu que a exploração de lítio seja afastada dos intentos de subsidiação do PPR”, que se demonstra “contrário à recuperação e competitividade da economia”.