A coordenadora do Bloco de Esquerda, em Tondela, defendeu a formação das populações para lidar e combater os incêndios, mas também o apoio às corporações a bombeiros que se encontram debilitadas financeiramente por causa da pandemia.
Após dizer que, apesar do foco ao combate à Covid-19, não se pode esquecer o interior e os incêndios, defendendo programas para uma floresta mais resiliente e um interior onde a agricultura tenha um papel na gestão do território, Catarina Martins lembrou que apesar de ainda haver quem não tenha conseguido reerguer-se dos incêndios de 2017, é preciso preparar o combate, defendendo que é preciso dar “capacidade aos bombeiros”, através de “um apoio extra, forte, aos bombeiros, muito rapidamente”.
“Foram chamados a responder à pandemia da Covid, tiveram que montar equipes especializadas” com as ambulâncias equipadas, no entanto perderam fontes de rendimento, como o “transporte não urgente de doentes” que pararam pelo cancelamento de consultas e porque algumas pessoas não acharam seguro sair de casa.
Para que as Corporações de Bombeiros Voluntários possam fazer face às “duas crises que estamos a sofrer: a pandemia de covid e, ao mesmo tempo, os incêndios, que continuam a ser um problema em Portugal”, Catarina Martins defende que “no imediato, nós [B.E.] queremos que no orçamento suplementar compense os bombeiros pelos custos extra que tiveram na resposta à Covid”.
Ainda no decorrer das declarações aos jornalistas, após falar com a população de Mouraz e Dardavaz e de conhecer a resiliência do projeto da de produção de vinho orgânico da Casa de Mouraz, disse que “uma matéria que não foi feita, que é muito importante, e que era melhor fazer, já, que é a formação, a formação das próprias populações”, insistindo que tem que ser feita e é possível.
No seguimento destas visitas, Catarina Martins esteve com os habitantes da Urgeiriça, em Canas de Senhorim, que vêm os prazos da requalificação das suas habitações contaminadas a derraparem constantemente.
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