Traduzindo este volume de água em euros, estamos a falar de 90 milhões de euros que se perdem por falta de manutenção das condutas e administração deficitária por parte das respetivas entidades gestoras. Além de se estar a falar do desperdício de um recurso escasso, é importante sublinhar que a água perdida já foi tratada pelas entidades gestoras, o que representa um duplo negativo, ambiental e económico.
No topo da tabela como o pior caso a nível nacional está Macedo de Cavaleiros com perdas de 642 litros de água, por ramal, por dia, o que ao fim de um ano dá um total de 2,35 milhões de metros cúbicos de água. O segundo lugar também fica no Norte, no município de Peso da Régua com 520 litros de água, por ramal, por dia, totalizando 1,24 milhões de metros cúbicos de água por ano. Encontramos os melhores exemplos em Santo Tirso e Trofa e a diferença é abismal , 13 litros perdidos, por ramal, por dia.
Sendo este um indicador importante na gestão municipal, a opinião da DECO é que perdas tão avultadas não se devem repercutir na fatura cobrada ao consumidor, o que contraria a ideia sustentada pela ERSAR.
O estudo foi feito com base em dados de 2017 da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). Foram apurados os 15 piores casos em Portugal Continental, mas no total existem 91 municípios acima dos valores aceitáveis e 20 não chegaram a fornecer dados.
(Escrito por MFS)