Bloco de Esquerda questiona o Governo sobre a grande “mancha verde” que cobriu largas extensões do Tejo e dos seus afluentes Ponsul, Sever e Aravil.
Nos últimos dias, uma mancha densa de Azolla– uma planta aquática exótica e invasora – cobriu por dezenas de quilómetros a superfície do rio Tejo e os seus afluentes Ponsul, Sever e Aravil, no Parque Natural do Tejo Internacional, junto à albufeira de Cedillo situada na fronteira entre Portugal e a Comunidade Autónoma da Extremadura.
Este tipo de fenómenos tem vindo a ocorrer com cada vez mais frequência e intensidade, na pergunta entregue pelo Bloco de Esquerda dão como exemplo uma nota da Agência Portuguesa do Ambiente de 28 de abril de 2020 na qual refere a ocorrência de uma mancha de plantas do género Azollaem 2018/2019 “com uma extensão semelhante à atual.”
Na pergunta pode ler-se que “a proliferação descontrolada desta planta exótica invasora ocorre em massas de água com caudal reduzido, temperatura elevada e águas eutrofizadas nas quais estão disponíveis em grande abundância nutrientes como fósforo e nitratos” que geralmente e segundo este documento, “a elevada concentração de nutrientes nos rios e ribeiras tem origem em lixiviados provenientes de explorações agrícolas e pecuárias, bem como em descargas de efluentes urbanos”.
Para o Bloco de Esquerda é “inaceitável que fenómenos de proliferação descontrolada de plantas exóticas invasoras ocorram com cada vez mais frequência e intensidade no rio Tejo e seus afluentes”, e exige que as autoridades competentes “procedam à limpeza das massas de água, identifiquem a origem dos nutrientes que eutrofizam o ecossistema, apurem responsabilidades e atuem nos temos da lei”.
Para o Bloco é ainda “necessário articular com as autoridades do Estado espanhol um regime de caudais regulares que garanta as necessidades ecológicos e a boa qualidade da água do rio Tejo e seus afluentes.”