Mangualde: requalificação do Largo das Carvalhas é a “imagem de um urbanismo cinzento”

Candidatura do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Mangualde aponta que após a requalificação, concluída com meses de atraso, o largo das Carvalhas é agora um “retângulo cinzento de um estacionamento quente, sem as sombras das árvores que ali habitavam”.

Em comunicado, o Bloco considera que este “resultado é a imagem de um urbanismo cinzento, em contraciclo com os objetivos da humanidade e da necessária integração urbana num planeta que combata as alterações climáticas”.

Comparando imagens do antes e do depois, verifica-se que “agora o largo não é mais do que um retângulo cinzento de um estacionamento quente, sem as sombras das árvores que ali habitavam. Uma praça que foi fresca e que poderia ser alvo de uma requalificação, preservando o património arbóreo ali existente, inserindo novos elementos naturais com vida, com a preocupação e respeito pela natureza, principalmente por estar numa zona urbana e central, num local com trânsito automóvel.”

Mas o Bloco lembra ainda que este não é caso único, pois também na requalificação do Largo da Misericórdia o verde diminuiu, “com menos árvores e com o mesmo esquema de ideias, remover tudo que for verde e vivo do centro da praça.”

Um outro projeto referido é ainda a requalificação da envolvente ao mercado municipal. “Não implementou mais nenhum elemento vivo, fica a pedra, o cimento e o metal do mobiliário urbano para que ninguém se esqueça das variações meteorológicas que vamos assistindo, como as temperaturas perto dos 40.º que se aproximam.”

Alguns destes projetos não são recentes, com origem em João Azevedo, anterior presidente de Câmara, mas continuados e implementados por Elísio Fernandes, atual presidente da Câmara Municipal, na União das Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Baixa, presidida por Marco Almeida, “nunca tendo sido postos em causa, nestes anos, por nenhum destes decisores políticos.”

O Bloco de Esquerda defende que um novo urbanismo é possível, “que respeite e equilibre a nossa existência, a existência urbana e cosmopolita que queremos com o respeito pelo ambiente, pela natureza, pela biodiversidade e com o claro comprometimento no combate às alterações climáticas.” Comprometendo-se com “as mudanças necessárias para que haja futuro para as gerações que se seguem, um futuro em harmonia com os outros animais e com a restante natureza.”

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