Modelo escolhido para as comemorações do 25 de Abril na Guarda é alvo de contestação

Cravos Vermelhos (2)

O executivo da Câmara Municipal da Guarda optou por escolher quem discursou nas comemorações do 47.º aniversário do 25 de Abril, não dando lugar a todos os partidos com assento parlamentar. O Bloco de Esquerda contesta o modelo escolhido.

“Desde que o PSD lidera o executivo Guardense (2013-2017; 2017-2021), só foi permitido por duas vezes, que todos os partidos com assento parlamentar, tivessem o mesmo direito a discursar durante a sessão solene”, lembra o Grupo Municipal do Bloco da Guarda em comunicado.

“Para o Bloco de Esquerda, tal decisão relembra os valores antidemocráticos do passado, quando devíamos estar todos a comemorar os valores de abril, onde a diversidade política deve ser respeitada, garantindo a todos a mesma igualdade na participação política”, sublinham ainda.

Neste sentido, como forma de protesto, o Bloco de Esquerda, representado na Assembleia Municipal da Guarda pelo deputado Marco Loureiro, não se fez representar na cerimónia oficial das comemorações do 25 de Abril.

“O Poder Local em particular a Câmara Municipal da Guarda, não pode de forma alguma, criar e promover modelos representativos que excluam outras forças políticas, mostrando um total desrespeito pelas escolhas dos Guardenses!”, rematam.

Saudação ao 25 de Abril do Grupo Municipal do Bloco de Esquerda da Guarda 

O Grupo Municipal do BE na Assembleia Municipal da Guarda, saúda o 47º aniversário da Revolução de Abril, que através da ação desencadeada pelos Capitães de Abril, apoiada pelo Povo, fez ruir a ditadura fascista do Estado Novo, pôs fim à PIDE, acabou com a censura, libertou os presos políticos e terminou com a guerra colonial. A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais.

Devemos celebrar as conquistas da Liberdade e dos direitos fundamentais que foram adquiridos, nomeadamente na saúde, que veio proporcionar a criação do Serviço Nacional de Saúde, na educação, que deu lugar à criação da Escola Pública, no direito à habitação e nos direitos dos trabalhadores, dando lugar a uma maior dignidade para quem trabalha.

Continuaremos a defender a Constituição da República, como um dos maiores legados do 25 de Abril, onde estão consagradas muitas destas conquistas. Numa altura em que são colocados em causa os direitos adquiridos com o 25 de Abril, devemos relembrar os princípios constitucionais pelos quais lutámos e que alguns estão tão determinados em nos roubar: Que todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. Que ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de       origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Devemos defender o Estado Social e com ele o funcionamento dos serviços públicos, como algo imprescindível para uma resposta eficaz a toda a situação criada pela pandemia SARS-Cov-2.

Defender Abril é garantir o reconhecimento e valorização dos salários e carreiras de todos os trabalhadores e estar na primeira linha na luta contra a precariedade, na defesa do emprego.

Para o Bloco de Esquerda, defender Abril é vencer a crise pandémica e as crises económica e social, recusando políticas de austeridade que tantas vidas destruíram num passado recente.

Para recuperar a economia e o país, são necessárias transformações estruturais, relançar o investimento nacional, criando assim emprego que se quer de qualidade, bem como estimular o consumo interno. Para tudo isto sabemos que são necessárias políticas de esquerda que não defraudem os eleitores, combatendo assim os populismos e a extrema-direita.

OS GUARDENSES PODEM CONTAR COM O BLOCO DE ESQUERDA,

NÓS NÃO DESISTIMOS DE VIVER AQUI!

 

Arquivo sobre o 25 de Abril no Interior do Avesso

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