O Bloco do distrito de Viseu vai dar músicas “de Abril e de Maio” na varanda da sua sede distrital em pleno centro histórico de Viseu com forma de comemoração do 1.º de Maio.
Às 16 horas de dia 1 de maio, o bloco vai ter música à varanda da sua sede distrital, no entroncamento entre a Rua das Ameias e a Praça D. Duarte, como forma de não deixar passar esta efeméride “sem saudar todos os trabalhadores, sem exceção”.
Garantem que já o fizemos no 25 de Abril e ”como seria de esperar não havia multidões” na rua e dizem que “infelizmente, também não há muitos moradores em todo centro histórico”, sendo que esses factos não os impediu de “marcar o 25 de Abril” e não os “impedirá de marcar o 1.º de Maio, de encher as ruas, que normalmente estariam vividas e as casas que já o foram, com o espírito de Abril e de Maio”.
“Só há resposta à crise com protecção do emprego”
Este é a mensagem das duas faixas que colocaram na sede distrital em Viseu, mas também “em local de passagem de trabalhadores para as várias zonas industriais de Nelas, Canas de Senhorim e Mangualde, onde passam diariamente trabalhadores que nunca pararam ou que já começaram a laborar”.
Para o Bloco de Esquerda do distrito de Viseu, “precisamente” por vivermos num momento de crise que “também é social”, não era opção ficarem parados neste dia “sem expressar a necessidade de uma política clara de protecção do emprego e dos trabalhadores”, dizendo que “da mesma forma que precisamos do Serviço Nacional de Saúde forte, precisamos de legislação laboral igualmente forte na protecção dos trabalhadores”.
No comunicado sobre o Dia Internacional dos Trabalhadores, o Bloco afirma que este se realiza na véspera do fim do Estado de Emergência, que assumem ser “útil para questões sanitárias”, mas que este “não foi usado como deveria para proteger os trabalhadores precários como foi opção noutros países, ou mesmo a manutenção do rendimentos dos restantes trabalhadores”. Insistem que o estado de emergência poderia ter ido mais além em questões como “evitar a fuga de capitais para o estrangeiro”, “ travar as rendas abusivas das Parcerias Público Privadas Rodoviárias como são as ex-SCUT” ou “para limitar a descapitalização, através da distribuição de dividendos, de empresas estruturais para a economia portuguesa”.