Nasce uma frente para impedir o acordo de livre comércio entre a UE e o MERCOSUL

Foto de Greve Climática Estudantil
Em comunicado, a Greve Climática Estudantil refere que este acordo “negociado há mais de vinte anos, ganha fôlego com a Presidência de Portugal no Conselho da União Europeia”. Este acordo irá, por exemplo, aumentar o desmatamento da Amazónia. 

A Greve Climática Estudantil (GCE) anuncia uma frente para impedir a ratificação do acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o MERCOSUL. Esta “tarefa cidadã” é realizada em conjunto com o Fridays for Future Amazónia, segundo um comunicado da GCE. 

Para a organização, “o Acordo, que tem vindo a ser negociado há vinte anos, ganha fôlego com a Presidência de Portugal no Conselho da União Europeia” e acrescenta que “segundo estudos conservadores do governo francês” irá aumentar o desmatamento da Amazónia em 5% por ano. Para além disso, “é uma ameaça direta aos povos indígenas e ribeirinhos. A nível Europeu, o Acordo representa uma ameaça à soberania alimentar da Europa e também aos produtores locais portugueses. É um acordo que traz não só consequências sociais severas, como também económicas”. 

Abel Rodrigues, ativista da Greve Climática Estudantil e Porta Voz do Fridays for Future Amazónia, refere que: “Parece muito estranho a nós, da Greve Climática Estudantil de Lisboa, que o governo Português, que tanto se orgulha de Lisboa «a capital verde da Europa», seja um governo que ativamente apoia esse acordo que causa tanta destruição. Infelizmente, como sabemos, existem governos que, sem se esconder, amam a mineração, o gás fóssil, o petróleo, e desprezam a vida das florestas, e as vidas humanas mais vulneráveis, como sabemos ser o caso do Governo Bolsonaro. Mas há também, é claro, governos que declaram-se verdes, amigos da juventude, modernos, e religiosamente adeptos de todos os direitos humanos, mas que, por de trás das sombras, agem completamente contra o que prometem, e contribuem sem hesitar com um projeto destrutivo e irresponsável de poder, como infelizmente é o caso do governo Português.”

A GCE informa que nos últimos dois meses de 2020 teve a oportunidade de reunir com os Grupos Parlamentares do Bloco de Esquerda e do PAN e com as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, já que foram os únicos que deram resposta aos ativistas. 

“Todos os candidatos à Presidência da República foram também abordados pela GCE, dos quais – até ao momento – apenas Marisa Matias respondeu, manifestando-se contra o acordo”, sublinha o comunicado. 

Para complementar a ação parlamentar, vários movimentos uniram-se e lançaram uma petição em nome da recém criada Rede STOP UE-Mercosul. A esta rede pertencem: a Greve Climática Estudantil, a Plataforma TROCA, o Climate Save Portugal, o Climáximo, a SOS Despejos, o Fórum Indígena de Lisboa, com o apoio do Fridays for Future Amazónia.

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