A Associação Vale d’Ouro, sediada no Pinhão (Alijó), reivindicou, como “prenda” pelo 20.º aniversário do Douro Património Mundial da UNESCO, a reativação do troço internacional da linha ferroviária a a posterior ligação a Espanha, alertando ainda para vários atrasos em obras previstas para a Linha do Douro.
“Havia condições para que hoje estivesse a iniciar-se a obra da reabertura até Barca d’Alva. Infelizmente continuamos à espera de uma comissão de trabalho, continuamos à espera que a obra da eletrificação entre o Marco e a Régua comece e que o projeto da eletrificação entre a Régua e o Pocinho seja lançado”, lamentou Luís Almeida, presidente da direção da Vale d’Ouro, citado num comunicado divulgado pela instituição.
Para a associação, a “melhor prenda” nos 20 anos da inscrição do Alto Douro Vinhateiro na lista da UNESCO como paisagem cultural, evolutiva e viva, assinalados ontem, dia 14 de dezembro, seria a reabertura do troço Pocinho-Barca D’Alva, posição que destacaram com o lançamento de um vídeo.
De acordo com a associação, “o investimento na linha do Douro revolucionará a mobilidade na região reaproximando os territórios transfronteiriços do litoral, aproximando o Douro e devolvendo ao país um dos seus tesouros mais bem guardados”.
A Assembleia da República já aprovou em março, por unanimidade, os projetos de resolução do Bloco de Esquerda, PCP, PEV, PAN e PSD, que defendem a requalificação da Linha do Douro, a reabertura do troço Pocinho – Barca d’Alva e a reativação da ligação a Espanha.
Em maio foi formalizado o grupo de trabalho que está a estudar e definir o modelo de reabertura do troço ferroviário de 28 quilómetros, entre o Pocinho e Barca d’Alva que foi encerrado em 1988, estando prevista a apresentação das conclusões até ao verão de 2022.